A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que, neste domingo (17), divulgará se libera a autorização de usos emergencial, temporário e experimental de duas primeiras vacinas no Brasil: a CoronaVac (Instituto Butantan/Sinovac) e a Oxford/AstraZeneca (Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz). Notícia que enfim nos traz a esperança de um ano melhor que 2020.
A expectativa é de que as disputas ideológicas que tanto atrapalharam a obtenção dos medicamentos no ano passado, desta vez, fiquem para trás. Já estamos bem atrasados na aplicação do imunizante em comparação com outras nações. Pelo menos o Brasil dispõe de expertise em logística na saúde, dada a experiência acumulada ao longo de três décadas do SUS (Sistema Único de Saúde) na distribuição de diversas vacinas em todo o território nacional. É um alento.
Se ater ao debate sobre a origem da vacina é tolice. Desde que comprovada sua eficácia mínima, respeitando os índices estabelecidos pela comunidade científica e a OMS (Organização Mundial da Saúde), qualquer imunizante que tenhamos ao dispor no país é bem-vindo. Não importa se produzido na Índia, na China, nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Rússia. Temos urgência.
Já ultrapassamos a triste marca de 205 mil mortos em decorrência da doença. No nosso quintal, a Baixada Santista, já são quase 3 mil vítimas fatais. A maior parte das prefeituras da região já fez a lição de casa – estabeleceu seu plano municipal de imunização contra a Covid-19. Ou seja: só falta mesmo o material chegar.
Conforme o Palácio do Planalto, a intenção do governo é iniciar a vacinação simultaneamente em todo país na próxima semana. Será o primeiro passo para tentarmos frear as consequências terríveis que o vírus nos trouxe. Não temos tempo a perder.