Cenas do próximo capítulo

Os novos gestores municipais já iniciarão o trabalho carregando nos ombros o peso de estarem à frente de milhares de pessoas em meio à maior epidemia dos últimos 100 anos

Por: Kenny Mendes  -  04/12/20  -  10:50
Prefeitos eleitos terão que conduzir o município durante uma provável segunda fase da Covid-19
Prefeitos eleitos terão que conduzir o município durante uma provável segunda fase da Covid-19   Foto: Matheus Tagé/AT

Passadas as merecidas comemorações pela vitória nas urnas da Baixada Santista, os prefeitos que assumirão o mandato no dia 1º de janeiro têm uma missão em comum: conduzir o município durante uma provável segunda fase da Covid-19. Independentemente de coloração partidária, experiência executiva ou matiz ideológico, os nove mandatários terão de se desdobrar para enfrentar os efeitos do novo coronavírus num cenário de turbulência na economia.


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Ao contrário de seus antecessores, os novos gestores municipais já iniciarão o trabalho carregando nos ombros o peso de estarem à frente de milhares de pessoas em meio à maior epidemia dos últimos 100 anos. Não é uma tarefa nada simples. Por isso é necessária a união de todos, mais do que nunca, para que esse momento possa ser superado com o mínimo possível de impactos.


Tivemos um bom exemplo ao longo de 2020. O Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista), que até o início da crise sanitária andava pouco frequentado, acabou se tornando um adequado fórum permanente de decisões conjuntas entre os prefeitos para as medidas de enfrentamento à Covid-19. Que o órgão permaneça adotando esse procedimento.


As dificuldades impuseram uma saudável interlocução entre nossos chefes de executivo, que discutiram ações, resultados, propostas, em tempo integral. Sou prova disso, pois vivenciei várias dessas situações no contato com cada um deles. Bons exemplos adotados em uma cidade foram replicados em outras. E vice-versa.


Não podemos deixar de mencionar a importância da integração das prefeituras com os representantes da região na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Criou-se uma espécie de força-tarefa parlamentar, espontânea, com o objetivo de obter recursos para o Litoral. Posso falar por mim: ao longo do ano, destinei cerca de R$ 10 milhões em emendas para o combate à doença nos nove municípios, além de obter 155 respiradores pulmonares junto à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional para nossas unidades de saúde.


Assim, coloco meu mandato à disposição dos prefeitos reeleitos Válter Suman (Guarujá), Ademário Oliveira (Cubatão), Luiz Maurício (Peruíbe), Márcio Cabeça (Mongaguá) e Caio Matheus (Bertioga). E também dos novos gestores municipais Rogério Santos (Santos), Raquel Chini (Praia Grande), Kayo Amado (São Vicente) e Tiago Cervantes (Itanhaém). Contem comigo na Alesp.


A eleição ficou para trás. Agora é hora de caminhar juntos e preparar o terreno para o que vem por aí. O trabalho não será fácil, mas, tenho certeza, a união pode fazer a diferença. 


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