Ainda há esperança

Alunos da Escola Estadual Antônio Ablas Filho Doutor, em Santos, organizaram manifestação para reivindicar a reposição de três vagas no quadro de professores do último ano do Ensino Médio

Por: Kenny Mendes  -  29/03/19  -  09:50
  Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Na sexta-feira passada, alunos da Escola Estadual (EE) Antônio Ablas Filho Doutor, em Santos, organizaram uma manifestação para reivindicar a reposição de três vagas no quadro de professores do último ano do Ensino Médio. Conforme viemos a saber, dois docentes pediram transferência de unidade, e uma terceira está afastada por licença-maternidade.


Se o fato em si causa preocupação – já estamos acompanhando e cobrando providências sobre o caso na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) –, eu, enquanto educador há mais de 20 anos, não posso esconder meu contentamento diante da atitude dos estudantes. Adolescentes que, de forma espontânea e consciente, não se acomodaram com a situação adversa. Se uniram para cobrar aquilo que lhes é mais caro: o direito de estudar.


Em contato com a direção da unidade escolar, tive a oportunidade de conhecer as dificuldades enfrentadas no dia a dia – não apenas a ausência de profissionais, mas a falta de manutenção e equipamentos necessários para o bom andamento dos trabalhos. E isso porque a Ablas Filho é reconhecidamente uma escola referência na região.


Somos o estado carro-chefe da nação. Não há desculpas para a rede de ensino paulista enfrentar a situação calamitosa que verificamos em várias unidades. Como prioridade do mandato, me prontifico a realizar um levantamento sobre as condições das 193 escolas estaduais em funcionamento nas nove cidades da Baixada Santista.


Queremos saber com exatidão qual o déficit de profissionais da educação na região, as reais condições estruturais das unidades e, o mais importante, buscar a valorização dos professores que nelas atuam. Está na hora de reconhecermos, de fato, a importância daqueles que têm a tarefa de nos transmitir conhecimento – e mudar nossas vidas para sempre.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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