Traições e fidelidade, os 'trending topics' da política nacional

Nós, no PSL, acreditamos que ambos devem se respeitar. Os partidos não existem sem os seus candidatos e os candidatos tampouco existiriam sem as suas respectivas legendas

Por: Júnior Bozzella  -  28/10/19  -  10:26
Atualizado em 28/10/19 - 10:48
Sigo apoiando o presidente do meu partido, e defendendo tudo aquilo que o povo brasileiro clamou
Sigo apoiando o presidente do meu partido, e defendendo tudo aquilo que o povo brasileiro clamou   Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Os partidos políticos são um importante instrumento para o exercício da cidadania seja no Brasil ou em qualquer nação. 


A atuação dos partidos se torna ainda mais necessária em tempos de crise ou mudanças profundas no cenário político. A história mostra que em contextos de guerras e revoluções no século XVII e XVIII, por exemplo, os partidos políticos tiveram uma atuação importantíssima para reorganizar a sociedade. Surgiram no Ocidente grupos políticos como os tories e whigs na Inglaterra, os federalistas e republicanos nos Estados Unidos, e os jacobinos e girondinos na França, que se opunham por suas convicções e interesses sociais e econômicos. 


A existência de grupos antagônicos como esses e a contraposição de ideologias foram responsáveis por garantir o que chamamos de democracia. Assim, os partidos foram surgindo e se organizando conforme as suas convicções políticas, unindo pessoas com ideias em comum e correntes de pensamentos políticos que convergissem.


O Brasil é um país pluripartidário que possui hoje  32 legendas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Aqui no nosso país não é permitido o lançamento de candidaturas avulsas, dessa forma, é completamente impossível registrar uma candidatura e assim disputar um cargo público sem o auxílio de um partido. 


Está semana o assunto da moda, os “trending topics” da pauta política na internet são as palavras “traição” e “fidelidade” envolvendo na temática o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o seu partido, o PSL. 


Em meio a esse cenário surge uma reflexão: Mas quem deve fidelidade a quem? Os candidatos devem ser fiéis ao partido ou o partido que deve ser fiel aos candidatos? Nós, no PSL, acreditamos que ambos devem se respeitar. Os partidos não existem sem os seus candidatos e os candidatos tampouco existiriam sem as suas respectivas legendas.


Contudo as informações acerca de candidatos e partidos políticos são difusas e confusas. As pessoas não sabem exatamente como todo esse processo funciona e são levadas ao erro por conta de informações manipuladas de acordo com um ou outro interesse.


O tamanho de um partido político e quanto ele recebe de dinheiro público, por exemplo, não são medidos através dos votos dados aos candidatos que concorrem à Presidência da República, aos governos estaduais, às assembleias legislativas ou aos cargos municipais. Os únicos votos que importam para dimensionar a parcela dos recursos públicos destinados a cada partido são os dados aos candidatos a deputado federal, além do número de deputados e senadores que o partido conseguiu eleger.


Nas eleições de 2018, além do Presidente da República, pelo PSL foram eleitos três governadores, 54 deputados federais e 76 deputados estaduais. Todos são importantes, na mesma dimensão, para o partido, porque seria uma prepotência e uma inverdade creditar o resultado de uma eleição a apenas uma pessoa. A soma dos esforços de todo o grupo é que faz com que os candidatos sejam eleitos, e a musculatura de uma legenda é o resultado dos esforços coletivos e não individuais de um ou outro nome.


Aliás, os partidos políticos existem justamente para isso, para reunir pessoas que se auxiliam em torno de ideias comuns e promovam um debate democrático com respeito mútuo.


Mas contrapondo tudo isso, e justificando atitudes contra o PSL que aparentemente não tinham justificativa, o que temos assistido é o nascimento de  uma extrema direita maquiada como "Conservadora", manipulada por jovens em  redes sociais, com memes e fake news distorcendo verdades e destruindo reputações. 


As famílias que foram para as ruas pedir por um país justo, igualitário e sem corrupção, hoje assistem escândalos e um circo de rachadinhas, “caixas 2” e conchavos para para varrer para debaixo do tapete a sujeira que prometeram, mas não foram capazes de limpar.


Onde está a nova política e o fim do toma lá dá cá quando o modus operandi praticado é garantir privilégios para os amigos do rei e retaliações para os demais? Estamos assistindo a um flashback onde, como ocorreu há 30 anos com os grupos de esquerda, agora surge uma direita extremista que tenta a manipular a massa a seu favor. 


Fomos todos surpreendidos. Elegemos o Messias como o homem que iria salvar o Brasil, mas ele escolheu os seus filhos para governar em seu lugar. Sabe como nos sentimos? Traídos! Apostamos todas as fichas em alguém que simplesmente abdicou de nós, do povo brasileiro, para atender aos caprichos dos filhos. 


Trazendo a luz diante dos fatos e fazendo uma rápida reflexão surge uma pergunta: mas então, quem traiu quem? Não queremos muito, queremos apenas o que é certo, aquilo que defendemos durante a campanha, queremos transparência, democracia e justiça. Mas infelizmente o que temos assistido é bem diferente do slogan bonito da campanha eleitoral, aqui vale o " filhos" acima de tudo e que Deus nos abençoe. Essa tem sido a verdadeira máxima deste governo.


Sigo apoiando o presidente do meu partido, e defendendo tudo aquilo que o povo brasileiro clamou nas ruas. E assim vamos prosseguir, trabalhando incansavelmente contra a corrupção, a favor da Lava Jato, da Lava Toga, das reformas tributária e da previdência, da pauta econômica e de todas as ações do governo que visem o crescimento do Brasil e mais qualidade de vida para o povo brasileiro. 


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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