O Porto e os portuários são essenciais e merecem prioridade!

O porto representa cerca de 95% da corrente de comércio exterior que passa pelo País

Por: Júnior Bozzella  -  05/04/21  -  07:27
Atualmente, o setor portuário gera mais de 120 mil empregos diretos e indiretos
Atualmente, o setor portuário gera mais de 120 mil empregos diretos e indiretos   Foto: Carlos Nogueira/AT

O setor portuário é um dos grandes responsáveis pela movimentação da economia mesmo durante a crise que está assolando todo o país em virtude da pandemia.


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As reivindicações do setor não são apenas justas como são essenciais para a continuidade da produtividade. Segundo o Ministério da Infraestrutura, até 2022, o setor portuário deve movimentar mais de R$ 30 bilhões em investimentos.


A evolução da administração portuária gera atração de investimentos para o Brasil, tanto da iniciativa privada quanto pública em infraestrutura portuária. Atualmente, o setor portuário gera mais de 120 mil empregos diretos e indiretos e investe cerca de R$10 bilhões em melhorias a cada ano.


O porto representa cerca de 95% da corrente de comércio exterior que passa pelo País e movimenta, em média, 293 bilhões de reais anualmente, o que representa 14,2% do PIB brasileiro. Hoje, 100% das cargas do agronegócio são escoadas pelos portos. Para ilustrar o papel de protagonismo do Porto, dos U$47,5 bilhões que o Brasil exporta para a China, 98,2% são transportados por via marítima. Em outras palavras, são bilhões e bilhões de reais sendo injetados na nossa economia e milhares de postos de trabalho que surgem a cada ano para impulsionar o crescimento econômico do Brasil.


Entrando no mérito da mão de obra que faz toda essa engrenagem girar, é indiscutível o papel fundamental dos portuários na pandemia. Esse foi um dos poucos grupos que não parou em momento algum, que trabalhou presencialmente enfrentando os picos da Covid-19 e expondo não só os profissionais, mas também os familiares dos mesmos, e que agora, merecem ter as suas reivindicações atendidas.


Diante disso, na última semana falei diretamente com o governador do Estado, João Doria, e também formalizei através de ofício, o pedido para que os trabalhadores portuários sejam inseridos entre os grupos prioritários do Plano Estadual de Imunização (PEI). Os profissionais do porto nunca pararam. Nada mais justo que nesse momento eles tenham reconhecidas a sua importância e o seu esforço e sejam imunizados. O governador, como sempre se mostrou sensível ao pleito e em analisar a viabilidade da solicitação.


Paralelamente, na condição de membro permanente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados (CVT), também cobrei que seja dada sequência as discussões do novo modelo de gestão portuária, pauta que acabou sendo colocada de lado durante a pandemia, mas cuja discussão é fundamental para o desenvolvimento do setor. Diante disso, solicitei ao presidente da CVT, deputado Carlos Chiodini (MDB/SC), o agendamento de uma audiência pública, agora no mês de abril, com o objetivo de discutir os principais modelos de administração portuária junto a sindicatos, profissionais, especialistas, empresários e trabalhadores ligados à atividade portuária.


O pedido foi aceito e a previsão é que a audiência seja realizada agora em abril, entre os dias 12 e 23 deste mês.


A atividade portuária impacta na vida de muitas pessoas, por isso é fundamental que todos os envolvidos participem das discussões acerca do novo modelo e sejam ouvidos. A pandemia não pode ser um empecilho para o encaminhamento de questões importantes como essa que afetam diretamente à vida das pessoas e a economia do país, sendo resguardadas as medidas sanitárias.


A atividade portuária é essencial e deve ser reconhecida como tal. Da minha parte na Câmara dos Deputados, toda a categoria pode contar comigo, pois a pauta portuária tem sido, desde o início e continuará sendo, uma das minhas principais bandeiras.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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