O enfrentamento da crise exige conscientização e sacrifício de todos

Nestes últimos dias, vários prefeitos aqui da região anunciaram a redução dos seus salários. Essa tem sido uma tendência em todos os municípios do país, seja no poder público ou na iniciativa privada, com grandes empresas e multinacionais reduzindo em até 70% os salários de altos executivos, para tentar minimizar o sério impacto que a pandemia de Covid-19 tem causado na economia do país e do mundo.

Em Santos, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa foi o primeiro a anunciar, já no último dia 12, a redução de 30% em seu salário, do vice-prefeito e dos secretários municipais pelo período de pandemia e quarentena. Na cidade de Itanhaém, o prefeito Marco Aurélio Gomes anunciou na sequência, em suas redes sociais, também a redução de 30% dos salários de prefeito, vice-prefeito, procurador jurídico e secretários municipais durante a pandemia de coronavírus.

Da mesma forma, em Mongaguá, o prefeito Márcio Melo Gomes anunciou nas redes sociais a redução de 50% de seu salário.

Em todos os casos, a diminuição dos salários tem como objetivo preencher a lacuna aberta com a queda de arrecadação e reverter os valores para ações de combate ao coronavírus.

Enquanto isso, lá na Câmara Federal, nós, deputados do PSL, estamos fazendo a nossa parte para reduzir não só um salário, mas de todos os parlamentares.

Essa iniciativa, assim como a dos prefeitos da região, mostra a nossa disposição e comprometimento no combate a essa pandemia. Estamos todos, cada um na sua função, arregaçando as mangas e fazendo tudo que é possível para minimizar o impacto da Covid-19 na saúde e economia do nosso país, da nossa região e da nossa população.

Sou totalmente a favor da redução salarial para que os recursos sejam investidos no combate ao coronavírus e tratamento dos pacientes, tanto que o PSL, já há algumas semanas, apresentou uma PEC pela redução dos vencimentos dos salários de todos os parlamentares e servidores ativos nas três esferas (União, estados e municípios) em 50% por um período de quatro meses. Essa medida representaria a liberação do valor estimado de R$ 350 bilhões para ser direcionado ao enfrentamento do novo coronavírus.

Isso é o mínimo que podemos fazer nesse momento, é uma questão de solidariedade daqueles que ganham mais e têm emprego vitalício em favor dos menos favorecidos e sem emprego formal.

Existe muita fake news circulando, listas falsas e pessoas tentando se aproveitar deste momento difícil para criar boatos e notícias mentirosas. Sempre digo que é na dificuldade que se conhece verdadeiramente uma pessoa, e agora precisamos de menos discurso e mais prática.

Independentemente da crise, mesmo antes do coronavírus, eu sempre destinei parte do meu salário para as comunidades que ajudo, só não ficamos divulgando porque o objetivo não é fazer disso um gesto eleitoreiro. Cada um sabe a responsabilidade que tem enquanto ser humano e enquanto cidadão.

É preciso que o país como um todo esteja com o foco voltado para conter a disseminação do coronavírus e seus impactos na saúde da população e economia, e isso exige não só conscientização, mas sacrifícios de todos.