Tarefa de todos

Ao longo de quase cinquenta anos houve importantes avanços na questão ambiental

Por: Da Redação  -  03/10/19  -  12:44
Atualizado em 03/10/19 - 12:45

As nações de todo o mundo começaram, a partir dos anos 1970, a se preocupar com a questão ambiental. O marco foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, na Suécia, em 1972, que iniciou a busca pelo equilíbrio entre desenvolvimento econômico e redução da degradação ambiental. A Declaração Final desse encontro foi o primeiro documento internacional a reconhecer o direito humano a um meio ambiente de qualidade, capaz de permitir que as pessoas possam viver com dignidade. 


Ao longo de quase cinquenta anos houve importantes avanços. Em 1992, na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (a Rio 92), foram assinados dois importantes tratados internacionais: a Convenção sobre a Mudança do Clima e a Convenção sobre Diversidade Biológica. Sucessivas Conferências das Partes da Convenção do Clima, realizadas anualmente a partir de 1995, trouxeram resultados, o maior deles registrado no Acordo de Paris, celebrado em 2015, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa no contexto do desenvolvimento sustentável.


Não é suficiente, entretanto, o esforço dos Estados nacionais para que o meio ambiente seja preservado. Embora fundamental, é necessário que ele seja complementado com ações de governança que significam a participação de outros atores, como as organizações internacionais, a comunidade científica, as organizações não governamentais, as empresas e os governos subnacionais.


Diversas iniciativas têm sido desenvolvidas nesse sentido. Municípios e regiões, articulados em redes internacionais, têm realizado ações efetivas de preservação local, com ganhos reais para a proteção ambiental em escala planetária. E em junho a ONU lançou um movimento para que as empresas de todo o mundo assumam compromissos públicos de cortar suas emissões de gases de efeito estufa até 2030 com o objetivo de contribuir para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius.


O Pacto Global da ONU para essa finalidade estabelece que os signatários têm 24 meses para fixar metas concretas com base em evidências científicas e verificadas de forma independente. 87 empresas, cujo valor na Bolsa de Valores representa US$ 2,3 trilhões, assumiram esse compromisso, entre as quais três brasileiras: a fabricante de papel e papelão Klabin, a de roupas Malwee e a de cosméticos Natura.


Há agora esforços para aumentar a adesão de novas empresas no País, e uma das opções daqueles que assinam o compromisso é zerar as emissões até 2050. Trata-se de meta ousada para o setor produtivo, mas possível de ser alcançada: a Natura já anunciou que pretende chegar a tal objetivo mais cedo, em 2030, enquanto a Malwee, que fixou, em 2015, a meta de reduzir as emissões de carbono em 20% até 2020, já havia atingido 68% em 2017.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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