Sensação de insegurança

A segurança é fundamental para o esforço de requalificação e da retomada econômica do Centro

Por: Da Redação  -  14/04/21  -  09:00

As queixas dos comerciantes e empresários sobre furtos de lojas e escritórios no Centro de Santos não é de agora. Trata-se de um problema antigo, que parece ter sido agravado sob a perspectiva da pandemia. Por isso, as atuais reclamações precisam ser acompanhadas e combatidas com uma maior atenção pela Prefeitura e a Polícia Militar.


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Segundo os entrevistados, nas últimas semanas a insegurança aumentou devido aos estabelecimentos fechados e ao esvaziamento das ruas, o que teria ampliado a sensação de abandono e serviu de estímulo à ação dos marginais. Procurada por A Tribuna, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) respondeu que reforça o policiamento com base nas estatísticas criminais e nas denúncias da população. A pasta alegou ainda que as ações das polícias reduziram os roubos na Cidade em 29,3% no primeiro bimestre, em relação a igual período do ano passado, quando a pandemia ainda não havia começado. Já a Prefeitura afirmou que das 1.533 câmeras de monitoramento na Cidade, 322 estão na região central – um terço delas no Centro Histórico. Se há tantos relatos de crimes, as autoridades devem discutir entre seus pares e com a sociedade como potencializar esse arsenal de informações, inclusive com retaguarda de mais policiamento.


É importante cuidar do Centro como uma vitrine da Cidade. Se nessa região, onde se concentra o poder local, os principais serviços do Município, um importante comércio e sedes de inúmeros negócios, há muita vulnerabilidade, nenhuma outra área da Cidade poderá ser considerada segura.


Deve-se compreender ainda que a pandemia, por ter alterado o comportamento dos consumidores, resguardados em casa, e o funcionamento do comércio e dos escritórios, inclusive com o home office, deve ter modificado também a lógica da segurança pública, com mais arrombamentos, entre outras práticas criminosas.


Considerando que prefeituras e Governo do Estado enfrentam sérias limitações de receita devido ao impacto da pandemia na economia, o policiamento ostensivo é um dos principais serviços públicos e precisa estar entre as prioridades dos governantes. Isso porque a sensação de insegurança é um dos piores efeitos que se tem sobre a comunidade por restringir a circulação e impor, por exemplo, o fechamento mais cedo do comércio ou restringir seu funcionamento nos finais de semana.
No caso de Santos, a segurança é fundamental para o esforço de requalificação e da retomada econômica do Centro, que apresenta a degradação de espaços públicos e de edifícios antigos. A região central ainda tem muitos prédios e terrenos que podem ganhar nova ocupação econômica, gerando negócios e empregos. Também há a possibilidade de atrair investimentos para moradia, o que seria muito positivo para o comércio. Dessa forma, é preciso ter a máxima segurança possível para que a economia volte a fluir pelo Centro.


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