Profunda mudança no futuro próximo

Tudo isso não é cenário de ficção científica: é a realidade dos próximos 20 anos, para a qual governos e sociedade devem se planejar e preparar

Por: Da Redação  -  05/05/19  -  20:58

As transformações ligadas ao avanço da tecnologia trarão enormes impactos sociais e econômicos nos próximos anos, provocando mudanças no consumo, nos relacionamentos e na forma de viver. A indústria passa por avanços notáveis, criando novos modelos, marcados pela convergência da tecnologia 4.0, que exigem investimentos e inovações capazes de aumentar a eficiência e a produtividade, condições indispensáveis para concorrer em ambiente de intensa competição.


Em energia, as apostas vão para fontes mais limpas e menos poluentes como resposta aos desafios do aquecimento global e à necessidade de sustentabilidade ambiental. A participação do petróleo, que hoje responde por mais de 30% da geração da energia global, será reduzida, o mesmo acontecendo - e em ritmo ainda mais forte e rápido - com o carvão. Essa transição energética é baseada em descarbonização (redução de emissões de gases de efeito-estufa), digitalização (aplicação de novas tecnologias para aumentar a eficiência e a produtividade) e descentralização (produção de energia fora da rede e próxima dos pontos de consumo).


Já se fala em quinta geração de serviços móveis (5G), e a indústria da tecnologia da informação (TI) e de telecomunicações irá crescer de modo acentuado. Vai ganhar espaço a internet das coisas, com carros autônomos, residências e serviços pessoais conectadas e gerenciadas por telefones celulares. A inteligência artificial, que é resultado da simbiose entre homem e máquina, será difundida e empregada em larga escala.


As operações no varejo serão reconfiguradas, com presença maior das compras on line, desaparecendo a divisão entre loja física e site. Deverão ser criados sistemas com a possibilidade de comprar produtos e serviços de maneira simples e intuitiva, a qualquer hora, sem perda de tempo, com segurança, de maneira digital. 


A mobilidade será também objeto de grandes alterações. O trabalho remoto e o ensino a distância ganharão espaço, sem que isso signifique o isolamento das pessoas (a tecnologia permitirá o contato entre equipes, grupos e classes de alunos). Haverá automóveis autônomos (sem motoristas), elétricos e compartilhados. 


Exigem-se avanços na educação: no Brasil, seu acesso precisa ser universalizado, garantido um nível mínimo de aprendizagem a todos, e os currículos terão que ser mais personalizados, valorizando o desenvolvimento das competências socioemocionais dos alunos, e fazendo dos professores mediadores e não emissores do conhecimento.


As pessoas viverão mais, e a saúde é o grande desafio, com destaque para a prevenção e o diagnóstico, mais do que tratamentos caros e complexos. Tudo isso não é cenário de ficção científica: é a realidade dos próximos 20 anos, para a qual governos e sociedade devem se planejar e preparar.


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