É enorme a importância das micro e pequenas empresas na economia nacional. Segundo dados do Sebrae de 2019, elas representavam 99,1% do total de empresas registradas no país, correspondendo a 12 milhões de negócios, dos quais 8,3 milhões eram microempreendedores individuais (MEIs), e respondiam por 52,1% dos empregos com carteira assinada.
Há espaço para expansão. O segmento tem participação limitada no PIB empresarial, correspondendo a 25% dele, e se ressente de dificuldades para obtenção de crédito, mas as oportunidades são crescentes. Na Baixada Santista,o panorama se confirma.
As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o saldo de vagas em 2019, considerando micro e pequenas empresas, foi 51,7% maior do que o registrado no ano anterior, demonstrando sua força e vitalidade.
Entre janeiro e novembro de 2019, o setor abriu 2.619 empregos em Santos, enquanto, no mesmo período, as médias e grandes empresas fecharam 1.814 postos de trabalho na região, revelando que as perspectivas de geração de empregos estão muito mais concentradas nos pequenos negócios. 80,8% das vagas formais criadas no Estado de São Paulo entre janeiro e novembro de 2019 correspondem às pequenas empresas, e apenas 19,2% às médias e grandes.
A expectativa é que 2020, com a retomada da economia, maior confiança dos consumidores e taxas de juros mais baixas, favorecendo o crédito, impulsione ainda mais a criação de novos negócios a partir, principalmente, de empreendedores individuais.
As chances são múltiplas, dependendo da criatividade de cada um. Mas é preciso salientar que montar um negócio não é tarefa simples, e exige planejamento e cuidado. É preciso, em primeiro lugar, buscar atividades que tenham (ou possam ter) mercado e não estejam saturadas em determinada cidade ou bairro, levando em conta quais serão os produtos ou serviços oferecidos, o público-alvo, o local onde elas funcionarão, fornecedores e possíveis concorrentes.
Há precipitação e aventura em muitos negócios, lançados por impulso, sem que seja calculado o investimento necessário, muito menos o tempo para que a atividade comece a dar resultados e lucros. Não basta ter a experiência em determinado setor, e saber como fazer: tornar-se dono de um negócio exige muito mais, e é preciso preparar-se e capacitar-se para essa função.
É importante aproveitar o momento. 2020 deve ser um ano de crescimento maior (já se fala em avanço do PIB de 2,5%) e o setor de serviços continuará aquele que oferece maior quantidade de empregos no Brasil. As pequenas e micro empresas têm condições de ocupar espaços cada vez maiores nele, e milhares de novos negócios podem ser criados, exigindo-se, porém, responsabilidade dos empreendedores.