Novo momento para o Turismo

A região tem um conjunto de virtudes que confere ao seu turismo potencial para figurar entre os principais destinos no País

Por: Da Redação  -  06/07/20  -  13:13

A retomada gradual das atividades econômicas e a certeza de que esse processo será lento conferem às cidades duas certezas: a de que muitos setores vão ter mais dificuldades para resgatar os níveis pré-pandemia por já estarem fragilizados antes de março, e de que outros terão a chance de refazer esse caminho em sintonia com as novas necessidades advindas desse período.

O Turismo se encaixa na segunda opção. Antes da pandemia do coronavírus, o Turismo era um dos segmentos que mais cresciam em todo mundo. Segundo o Ministério do Turismo, de janeiro a dezembro a 2019, o número de desembarques nos aeroportos do País cresceu 1,8% em relação ao mesmo período de 2018. Também no ano passado, o faturamento das operadoras de turismo cresceu 1,4% em relação a 2018, e a contribuição do setor ao Produto Interno Bruto do país cresceu 3,1%. Antes da pandemia, o Turismo já representava 8% do PIB brasileiro.

A relevância do segmento não impediu, porém, de ser o primeiro setor afetado pela pandemia em todo o mundo. Viagens e reservas foram adiados ou cancelados, negócios corporativos suspensos ou transformados em eventos virtuais, voos internacionais reduzidos a taxas mínimas, e domésticos a apenas algumas rotas e com horários limitados.

Há uma percepção, porém, de que tão logo as condições sanitárias estejam favoráveis, haverá a retomada de uma demanda reprimida, especialmente a de lazer, quer pelo efeito psicológico que a quarentena provoca, quer pela necessidade das famílias resgatarem o tempo de convivência do qual ficaram privadas por tantos meses.

O turismo doméstico será o primeiro a ser retomado, segundo especialistas ouvidos por A Tribuna no último encontro de A Região em Pauta, que debateu o setor e a forma como a Baixada Santista pode se estruturar para esse pós-pandemia. 
Algumas certezas permearam o encontro: bastante atingido, o setor hoteleiro precisará de algum tipo de estímulo ou isenção para levantar; é hora do espírito associativo prevalecer, deixando de lado diferenças históricas e vaidades; caminhos de sobrevivência que não dependam apenas dos cofres públicos precisam ser trilhados.

A Baixada Santista dispõe de peças indispensáveis para receber bem o visitante: boa gastronomia, atrativos culturais, históricos e temáticos só encontrados aqui, natureza exuberante para roteiros ecológicos, boa e bem estruturada rede hoteleira e profissionais que vêm se capacitando para o receptivo ao longo das últimas décadas.

Esse conjunto de virtudes, se postas no mapa de uma região metropolitana, confere à Baixada os requisitos necessários para ser um dos principais destinos turísticos do País. Ações organizadas de marketing, tanto para o lazer como para eventos de negócios, são a ferramenta que falta para inserir a região nesse circuito, e transformar o turismo no principal vetor da economia, o ano inteiro.


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