Fundos imobiliários

Os FII são alternativa interessante para quem deseja investir em imóveis, mas sem realizar sua aquisição

Por: Da Redação  -  11/12/19  -  17:39

Os Fundos de Investimento Imobiliários (FII) são constituídos por grupos de investidores com o objetivo de aplicar recursos em diversos tipos de investimentos imobiliários, como edifícios de escritórios e shopping centers. Os rendimentos são obtidos com a locação, arrendamento e venda dos imóveis, sendo distribuídos dividendos, além da possibilidade de ganhos com a variação das cotas em bolsa.


Os FII são alternativa interessante para quem deseja investir em imóveis, mas sem realizar sua aquisição. Evitam-se assim os problemas decorrentes da administração direta, principalmente no caso da locação, que envolve custos e dificuldades (desocupação, manutenção, obras, desvalorização).


2019 representou um marco para o segmento no Brasil. O volume de emissões chegou a R$ 32,5 bilhões até novembro, e a cifra, que inclui fundos listados e aqueles que não são negociados em bolsa, é mais que o dobro do recorde anterior, que era R$ 16,1 bilhões em 2011. A crise econômica recente abalou bastante o FII (em 2014 o volume de emissões caiu para R$ 5,1 bilhões), mas foi houve recuperação em 2018, quando o montante já subiu para R$ 15,6 bilhões.


A liquidez no mercado secundário também aumentou bastante neste ano, e os dados mostram que os fundos listados negociaram volume financeiro quatro vezes maior em outubro quando comparados com janeiro.


O patrimônio líquido dos 200 fundos listados em bolsa alcançou R$ 74,4 bilhões em outubro, com alta de 35,8% no ano. E a quantidade de investidores também deu um salto, e o número passou de 230 mil para 517 mil em dez meses, ou seja, mais do que dobrou. No ritmo atual, haverá 1 milhão de investidores em fundos imobiliários no primeiro trimestre de 2021, mas vários gestores apostam que a marca já será atingida no próximo ano.


O sucesso dos FII está associado diretamente a dois fatores: a queda na taxa de juros da economia, que chegou ao nível mínimo; e à recuperação e aquecimento do mercado imobiliário. De um lado, os investidores têm buscado diversificar suas aplicações financeiras, para obter maiores rendimentos, e a Bolsa e os Fundos Imobiliários surgem como alternativa. O índice de fundos imobiliários da B3 (Ifix) acumula retorno de 24,67% neste ano (até 6 de dezembro), enquanto o Ibovespa avançou 26,44% no mesmo período.


De outra parte, o mercado imobiliário vem reagindo, com aumento dos lançamentos e das vendas, e a recuperação da vacância e dos preços de imóveis para locação, fazendo crescer bastante o interesse pelo setor. Grandes investidores já se movimentam para aplicar nos FII e a expectativa é que 2020 poderá ser o melhor ano da história para o segmento. A euforia deve ser, contudo, comedida: fundos imobiliários são investimentos de risco, sujeitos a variações que podem ser grandes em períodos mais longos.


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