Farmácias em expansão no País

Com maior volume de medicamentos vendidos, 2020 tem previsão de crescer ainda mais

Por: Da Redação  -  13/01/20  -  10:18

Nas médias e grandes cidades brasileiras é visível o crescimento de farmácias. Novos estabelecimentos são abertos a todo instante, com o predomínio das grandes redes de varejo que atuam no País. A Associação Brasileira de Farmácias (Abrafarma), que representa 24 grandes cadeias, com 8 mil lojas, confirma a expansão ocorrida no ano passado. 2019 foi o melhor ano desde 2015, quando a crise econômica passou a afetar o desempenho do setor.


No Brasil, até setembro de 2019, havia 78,8 mil drogarias, 843 a mais do que no final do ano anterior. Houve 7,3 mil fechamentos de lojas e a abertura de 8,2 mil delas, indicando a expansão ocorrida.


De acordo com os primeiros dados divulgados pela Abrafarma, as vendas em 2019 atingiram R$ 53,5 bilhões, 11,2% a mais do que no ano anterior. A entidade destaca que o desempenho foi melhorando mês a mês, indicando sólida recuperação que não foi baseada em aumento de preços nas lojas, mas em crescimento no volume de unidades vendidas, sugerindo que 2020 deverá ser um ano ainda melhor.


Houve recuperação no volume vendido de medicamentos: de janeiro a novembro, a quantidade comercializada de remédios subiu quase 9% na comparação com o mesmo período de 2018, e a alta nas vendas, em valor, foi de 10,9%, sem grandes diferenças entre esses percentuais. Outros números importantes são o crescimento de vendas on-line (10,9%) e a inauguração de muitas lojas que operam 24 horas, o que mostra a força do setor e as boas perspectivas para o futuro.


A melhoria dos padrões de saúde da população está associada à prevenção de doenças, e isso exige medicamentos que devem ser tomados regularmente, de modo a controlar problemas como hipertensão, diabetes ou colesterol alto. O envelhecimento progressivo da população aumenta também o consumo de remédios, e são necessárias políticas públicas para que todos, independentemente de sua renda, possam ter acesso a eles. Os genéricos representaram avanço importante, mas ainda há medicamentos cujo preço é elevado, comprometendo o orçamento das famílias, principalmente dos mais idosos.


Outro ponto importante é a diversificação das vendas nas farmácias. Dados de 2018 mostram que 31,9% das vendas realizadas por elas referiam-se a não medicamentos, incluindo-se aí itens de higiene e beleza, o que indica sua relevância no volume de produtos comercializados nas lojas.


Há, porém, preocupação com a automedicação, procedimento usual no País, que cresceu bastante: as vendas de remédios isentos de prescrição médica subiram quase 21% no ano (até novembro), exigindo ações, campanhas e providências de alerta à população sobre riscos e malefícios da ingestão de medicamentos sem a devida orientação, com efeitos prejudiciais e danosos à saúde da população.


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