Eleições para prefeito à vista

Embora o calendário eleitoral fixe que os partidos só podem indicar seus candidatos entre 20 de julho e 5 de agosto, a movimentação nos bastidores é intensa

Por: Da Redação  -  13/02/20  -  09:39
Atualizado em 13/02/20 - 09:40

Faltam menos de oito meses para as eleições municipais em que serão escolhidos prefeitos e vereadores de todas as cidades brasileiras. Embora o calendário eleitoral fixe que os partidos só podem indicar seus candidatos entre 20 de julho e 5 de agosto e que as campanhas, com propaganda oficial, se iniciam em 16 de agosto, a movimentação nos bastidores é intensa.


Em Santos, levantamento realizado por A Tribuna mostrou que 16 partidos já têm pré-candidatos ao Executivo. Em alguns, como é o caso do PSDB, sigla do atual prefeito Paulo Alexandre Barbosa, vários nomes são cotados como possíveis postulantes ao cargo. É pouco provável, porém, que esse quadro se confirme. Nos dois últimos pleitos - 2012 e 2016 - houve, no final das contas, nove e oito candidatos, respectivamente.


Apesar do elevado número de partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - 33 - não é esperado que todos apresentem candidatos a prefeito. Há, porém, uma novidade neste ano: não serão permitidas coligações nas chapas que concorrem à Câmara Municipal, fato que pode levar as siglas partidárias a lançar candidatos a prefeito para dar mais visibilidade e condição de elegibilidade aos vereadores que disputarão o pleito.


As definições, entretanto, irão demorar. Nos próximos meses, os pré-candidatos irão buscar apoios e verificar suas reais condições no processo eleitoral antes de confirmar seus nomes na disputa. Tais movimentos são normais e legítimos, e infelizmente a legislação no Brasil, impondo prazos rígidos e penalidades a quem se lançar candidato ou fizer campanha antes do prazo, limita esse saudável processo democrático.


Com base nas eleições anteriores, é possível traçar alguns cenários para o pleito de outubro. A primeira questão que se coloca é sobre o interesse dos eleitores na disputa: vale salientar que, em 2016, a abstenção foi muito elevada em Santos (23,7%), com grande número de votos brancos e nulos (14,3% sobre o total que compareceu às urnas). A quantidade foi bem maior do que em 2012, quando a ausência chegou a 18,1% e os votos brancos e nulos foram 7,4%, a metade do registrado quatro anos depois.


Nota-se, portanto, que os eleitores estavam bem mais desiludidos em 2016, ou desinteressados pela disputa (ressalte-se que o prefeito Paulo Alexandre Barbosa reelegeu-se com 77,7% dos votos válidos). Agora, a briga deve ser mais acirrada, o que pode motivar mais os eleitores a tomar posições e comparecer às urnas. Outro ponto importante é se haverá influência das lideranças nacionais e estaduais no pleito municipal. Mas o tema que mais suscita expectativas é a forma como as campanhas serão realizadas, e a pergunta que se faz é se as mídias e redes sociais terão papel preponderante (ou não) na definição dos eleitores em outubro. 


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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