Economia começa a reagir

Os indicadores relativos à confiança, tanto empresarial como dos consumidores, avançaram entre agosto e setembro.

Por: Da Redação  -  03/10/19  -  21:11

Os índices de atividade econômica do terceiro semestre do ano mostram que os riscos de queda ou estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) foram afastados. A produção industrial cresceu 0,8% em agosto, quando comparada a julho, e foi a expansão mais rápida desde junho de 2018, interrompendo sequência de três meses de queda. Os indicadores relativos à confiança, tanto empresarial como dos consumidores, também avançaram entre agosto e setembro.


Há certo otimismo em vários setores. Pesquisa realizada pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) mostrou que a indústria paulista espera aumentar suas vendas em 3% neste ano, e a parcela dos empresários que se dizem otimistas ou muito otimistas em relação ao desempenho no segundo semestre de 2019 atingiu 50,6%, ante 27,8% na mesma sondagem de julho de 2018. 


O setor imobiliário está vivendo nova fase. Segundo a consultoria internacional CBRE, é o início de um ciclo de recuperação, e há grandes oportunidades para investidores nacionais e estrangeiros, considerando-se que os preços dos imóveis já tiveram forte valorização em outros países, abrindo perspectivas no Brasil.


Na área da energia, há grande interesse pelo leilão do excedente da cessão onerosa no pré-sal, com 14 grandes petroleiras globais interessadas em participar do certame. A Petrobras tem conseguido reduzir seu endividamento com programa consistente de venda de ativos, que abre espaço para novos investimentos da estatal. A norueguesa Equinor, quarta maior produtora de óleo e gás do mundo, começa a investir pesado no País, e a companhia pretende assinar um pacote de contratos de bens e serviços no seu projeto mais promissor, que é o campo de Carcará, na Bacia de Santos. Seu plano de negócios prevê investimentos de US$ 15 bilhões até 2030, não apenas em petróleo e gás, mas também em energias renováveis. Em 2018, a Equinor entrou no mercado brasileiro de energia solar ao adquirir o Complexo Apodi, no Ceará, com capacidade de 162 megawatts.


O comércio também dá sinais de recuperação, e as ações de grandes varejistas voltaram a ser indicadas como promissoras. A liberação de R$ 500 das contas do FGTS e as restituições do Imposto de Renda já estão estimulando o consumo das famílias, e assim aumentando a receita das empresas do setor. A sequência de datas especiais para o comércio - Dia das Crianças, Black Friday e Natal - em ambiente de maior otimismo indica que as vendas e os lucros poderão crescer neste final de ano.
Há razões, portanto, para boas expectativas. Não se justifica o pessimismo generalizado, e o País tem condições efetivas de superar suas dificuldades e iniciar novo ciclo de crescimento econômico. Isso depende da continuidade das reformas estruturais, mas existem, sem dúvida, melhores perspectivas neste momento.


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