Dados sobre ocorrências registradas pela Secretaria de Segurança Pública em janeiro permitem conclusões sobre a violência na Baixada Santista e no Estado de São Paulo. Mais uma vez, confirmando tendência dos últimos meses, os homicídios dolosos (em que há intenção de matar) caíram. No Estado, houve queda de 2,8% na comparação janeiro de 2020 com janeiro de 2019 (276 casos contra 284), enquanto na região a diminuição foi bem mais acentuada: 53,8%. No primeiro mês de 2020 aconteceram apenas 6 assassinatos em todas as nove cidades da Baixada Santista, quando haviam sido registrados 13 ocorrências do tipo em janeiro de 2019.
Na região, houve somente um latrocínio em janeiro de 2020, ocorrido em Cubatão, repetindo o resultado de um ano atrás. Os estupros também caíram 18% (41 casos contra 50), o mesmo acontecendo com roubos de veículos (-11,8%) e furtos (-7%). A incidência de roubos, que são crimes cometidos com violência, foi maior (aumento de 9,8%), e de furtos de veículos (crescimento de 7,4%).
Panorama semelhante ocorreu no Estado de São Paulo. Os estupros também recuaram, embora em proporção menor (-0,5%), e os roubos avançaram 14%, enquanto houve mais furtos de veículos (+2,2%), interrompendo queda que durava 33 meses. A nota positiva foi o nível zero em relação a roubos a bancos no Estado em janeiro. Nenhuma agência bancária foi alvo de criminosos no mês pela primeira vez na série histórica iniciada em 2002. Destaque-se que em janeiro de 2006 houve o recorde deste tipo de crime, com 37 casos, mais de um por dia.
Os dados sobre roubos a bancos não incluem ataques a caixas eletrônicos (contabilizados como furtos), tipo que se tornou comum nos últimos anos, mas foi registrada queda nesse tipo de violência: foram apenas dois casos em janeiro de 2020, contra quatro no mesmo mês de 2019 e 12 em janeiro de 2018.
Resultados melhores traduzem a maior eficiência da polícia no combate à criminalidade, com a presença ostensiva de policiais nas ruas e ação mais eficiente nas áreas de maior incidência de assalto. Como destacou o coronel Rogério Silva Pedro, comandante da PM na região, o balanço positivo é fruto do trabalho de saturação e busca incessante da Polícia Militar nos locais onde os crimes podem acontecer, e também a investigação realizada pela Polícia Civil, que tem levado a identificação dos autores e responsáveis pelos atos de violência.
O trabalho deve ser contínuo. Preocupa o fato que os roubos tenham aumentado, chegando a 1.517 em janeiro na região (e cerca de 24 mil em todo o Estado), demonstrando que a ação policial, mesmo reforçada pela Operação Verão + Seguro, não foi suficiente para evitar a ação de criminosos, principalmente em shows e eventos públicos que acontecem na temporada de verão.
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