Crescimento da população

A Baixada Santista atingiu 1.865.397 habitantes, com 16.743 novos moradores em um ano, segundo dados do IBGE

Por: Da Redação  -  01/09/19  -  12:21
Atualizado em 01/09/19 - 13:20

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes à população residente nos 5.570 municípios brasileiros em 2019 mostraram crescimento demográfico na Baixada Santista bem acima da média nacional. Considerando os dois últimos anos - 2018 e 2019 - o aumento populacional na região foi de 1,34%, bem maior do que o registrado na média do Brasil (0,79%). 


A Baixada Santista atingiu 1.865.397 habitantes, com 16.743 novos moradores em um ano. Nota-se, porém, nítida assimetria, quando considerados os nove municípios da região. Enquanto o núcleo central, formado por Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, teve sua população aumentada em 7,66% no período 2010-2019 (apenas 0,5% entre 2018 e 2019), o Litoral Sul - Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe - registrou avanço de 17,44% (1,35% nos últimos dois anos), e duas cidades se destacaram: Praia Grande (aumento de 24,04%) e Bertioga, com o maior crescimento, de 32,75%. Em apenas um ano, entre 2018 e 2019, essas cidades cresceram 1,86% e 2,45%, respectivamente.


Santos, o município polo da região, apresenta variação mínima de sua população. Entre 2010 e 2019, o aumento foi de apenas 3,31%, representando 354 pessoas. Cubatão, Guarujá e São Vicente tiveram crescimento em torno de 10% no período, bem abaixo das demais cidades. Fica evidente, portanto, que há duas realidades na Baixada Santista: o núcleo central expande-se em ritmo bem mais lento do que as extremidades.


Trata-se de fenômeno que pode ser explicado por razões territoriais - Praia Grande, Bertioga e os municípios do Litoral Sul têm espaços que permitem a maior ocupação urbana, ao contrário de Santos, que tem sua área insular praticamente esgotada - e por motivos econômicos, uma vez que a maior e melhor infraestrutura, combinada com a oferta de serviços diferenciados, eleva de modo significativo o custo de vida nessas áreas.


Acontece na região o clássico movimento centro-periferia, típico no processo de urbanização. Sem espaços ou moradias para viver, e para fugir do alto custo de vida nas áreas centrais, parcela da população se desloca para cidades vizinhas. Além disso, há certo movimento de atração de moradores de outras regiões do País, como de aposentados, que buscam fixar-se nos municípios que oferecem imóveis de menor custo, como Praia Grande e Litoral Sul.


A Baixada Santista é, de fato, uma região metropolitana, e assim deve ser considerada no planejamento de seu futuro. A expansão maior se dará nas pontas norte e sul, sem que o centro - Santos, em particular - deixe de ser importante, concentrando empregos, serviços e atividades. Daí a importância da atenção à mobilidade urbana: cada vez mais pessoas irão morar em locais distantes e precisarão realizar deslocamentos diários, com transporte eficiente e de qualidade.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
Ver mais deste colunista
Logo A Tribuna
Newsletter