Cresce o emprego na região

O movimento positivo na região acompanhou o quadro nacional, em que o desempenho dos empregos formais foi o melhor desde 2013

Por: Da Redação  -  28/01/20  -  17:15

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que houve, em 2019, a criação de 3.372 postos de trabalho com carteira assinada na Baixada Santista, o melhor resultado dos últimos seis anos. O movimento positivo na região acompanhou o quadro nacional, em que o desempenho dos empregos formais foi o melhor desde 2013.


Em todo o País, foram criadas 644.079 vagas, acima da expectativa do governo. Mesmo com o fechamento de 307.311 postos de trabalho em dezembro, resultado normal para o mês, tendo em vista o fim das contratações temporárias para atender à demanda das festas de fim de ano, o saldo do ano foi favorável.


Todas as atividades econômicas tiveram resultado positivo, com destaque para os serviços (382,5 mil vagas), comércio (145,5 mil) e construção civil (71,1 mil). Em todas as regiões do País o emprego formal cresceu, mas os salários médios dos admitidos (R$ 1.626,06) foi inferior ao dos demitidos (R$ 1.791,97). O trabalho intermitente, criado em 2018 pela reforma trabalhista, também avançou, com saldo de 85.716 postos nessa modalidade, 13% do total gerado no ano (em 2018, ele havia representado 10% das vagas geradas).


Na Baixada Santista, que vinha apresentando números de criação de empregos inferiores ao do País, com um quadro de recuperação econômica mais lenta e difícil, o saldo é boa notícia, estimulando previsões otimistas para 2020. Mas é preciso, entretanto, analisar com cuidado os resultados, levando em conta as diferenças entre as cidades da região.


Santos, que é o principal polo empregador da Baixada Santista, teve saldo bastante modesto - foram criados apenas 104 novos empregos em 2019 - e tal situação se repetiu em outros municípios, como Cubatão (com saldo de três vagas no ano) e São Vicente (com mais 22 postos de trabalho). O caso de Santos merece especial atenção, na medida em que, em 2018, o saldo havia sido muito maior (1.675 vagas), o mesmo acontecendo em Cubatão (mais 483 empregos formais). Na realidade, o excelente desempenho de Praia Grande foi o responsável pelo número alcançado no ano, na medida em que foram gerados na cidade 2.120 empregos formais, 63% do total da região.


Houve, portanto, grande assimetria nas atividades econômicas entre os municípios da região. O Litoral Sul - Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe - teve resultado melhor (802 postos de trabalho criados no ano), bem superior ao de 2018 (537), enquanto Guarujá melhorou a situação em relação ao ano anterior, quando haviam sido fechadas 510 vagas, o pior resultado regional. Em 2019, embora o número tenha sido pequeno, ele foi positivo (117 novas vagas).


Os desafios, portanto, persistem. A região precisa crescer de modo uniforme e é preciso ações e políticas que possam gerar empregos de qualidade em todos os municípios.


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