Os dados de outubro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) trouxeram boas notícias para a construção civil na Baixada Santista. No ano, houve a geração de 1,9 mil novas vagas na região, sendo que o setor registrou o maior aumento no número de trabalhadores com carteira assinada no período. Confirma-se assim o movimento de retomada dessas atividades, com uma característica importante: a geração de empregos formais.
Santos registrou o maior contingente (1.483 postos de trabalho), consequência de obras públicas realizadas na cidade e, principalmente, de novos lançamentos no mercado imobiliário. O quadro é positivo e animador, mas a Baixada Santista precisa ainda avançar mais em outras áreas, nas quais o desempenho não tem sido o esperado.
Em outubro, embora se possa considerar o quadro do emprego como estável (houve saldo negativo de apenas 12 vagas, considerando os nove municípios), o resultado foi bem inferior ao registrado no mesmo mês de 2018 (criação de 475 postos de trabalho). No acumulado do ano, o balanço mostra a perda de 840 vagas, enquanto entre janeiro e outubro de 2018 houve mais 109 empregos formais na região.
Os números de outubro frustraram as expectativas de crescimento do emprego, que avançou em agosto (mais 593 vagas) e setembro (mais 1.038 vagas). E preocupa que setores tradicionais, que são os principais empregadores na Baixada Santista, como o comércio e os serviços, tenham apresentado queda no ano: 498 e 1.997 postos de trabalho cortados, respectivamente.
No País o cenário é melhor. Em outubro, foram criadas 70,9 mil novas vagas (em setembro foram 157,2 mil) e, ao longo de 2019, apenas março registrou resultado negativo. O acumulado do ano mostra saldo líquido de contratações de 841,6 mil, maior resultado para o período desde 2014. Os números foram positivos em 23 das 27 unidades da federação, e mostraram o comércio com força (mais 43.972 vagas), seguido dos serviços (com 19.123 empregos criados).
Na Baixada Santista, destaca-se Praia Grande, que apresentou o melhor resultado regional em outubro (mais 207 postos de trabalho), e lidera quando se considera a geração de empregos com carteira assinada nos dez primeiros meses de 2019 (mais 767 vagas). Seu desempenho foi bem melhor em relação ao mesmo período do ano passado, quando haviam sido criados 177 empregos. Santos vive situação inversa: após ter liderado entre janeiro e outubro de 2018 (com 1.603 vagas a mais), teve perda de 489 postos formais, só superado por Guarujá (- 779 vagas).
A construção civil traz boas perspectivas para a região. Mas os desafios para o crescimento continuam, e exigem esforços e ações para que 2020 possa, finalmente, trazer a esperada retomada que se espera.
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