Começa a disputa eleitoral de 2020

Levantamento realizado por A Tribuna mostrou que, nos nove municípios que compõem a região, cerca de 80 nomes já estão cotados para disputar o cargo de prefeito

Por: Da Redação  -  03/09/19  -  19:37

Faltam 13 meses para o primeiro turno das eleições municipais de 2020, mas há nítida movimentação de pré-candidatos que pretendem disputar o cargo de prefeito. Na Baixada Santista, trocas de telefonemas e mensagens, formação de equipes e participação em reuniões variadas estão a pleno vapor. Levantamento realizado por A Tribuna mostrou que, nos nove municípios que compõem a região, cerca de 80 nomes já estão cotados para disputar o cargo, número que aumenta ainda mais diante da indefinição de alguns partidos. 


É muito saudável que haja disposição para concorrer por parte de muitas pessoas. A democracia se fortalece com a pluralidade de posições e ideias, e os eleitores têm, assim, mais opções de escolha. Na medida em que há 33 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é natural que todos busquem indicar candidatos para disputar eleições, embora haja a possibilidade de coligações entre eles que, entretanto, são agora vedadas para as câmaras municipais, fato que deverá impor a muitas siglas o lançamento de candidaturas próprias. 


Não se trata, portanto, de impedir quem quer que seja de disputar o cargo de prefeito em 2020. Mas é importante salientar que a disputa não deve ocorrer apenas em torno de nomes, não importa se mais ou menos conhecidos. É fundamental que, nesse período que antecede a definição das candidaturas (as convenções só acontecerão entre 20 de julho e 5 de agosto de 2020), sejam apresentadas e discutidas propostas efetivas e concretas para cada um dos municípios e para a Região Metropolitana como um todo.


Não há dúvida sobre as atuais dificuldades econômicas por que passa a Baixada Santista, com baixo crescimento e fraca geração de empregos e renda. Daí a importância de se promover debate aprofundado sobre possibilidades e perspectivas que podem ser abertas e buscadas, fazendo das pré-campanhas (e depois das campanhas) espaço de discussão efetiva sobre o futuro das cidades e da região, com a apresentação de propostas nas diferentes áreas. Na mesma linha devem atuar os postulantes ao cargo de vereador, para o qual haverá certamente grande interesse.


Limitar a disputa somente à comunicação, ou a técnicas de marketing político, que hoje envolvem mídias e redes sociais, é um erro. O eleitor, em 2020, estará atento a questões objetivas que interessam ao desenvolvimento local, e aqueles que não forem capazes de dar respostas a elas serão deixados de lado.


Temas que mobilizaram a população em 2018, como aqueles relacionados com o combate à corrupção e à violência urbana, não desapareceram da agenda política, mas se trata agora de disputa pelo cargo de prefeito municipal, e isso envolve conhecimento, preparo e capacidade de gestão, fatores que serão avaliados pelos eleitores no momento do voto.


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
Ver mais deste colunista
Logo A Tribuna
Newsletter