Brasil registra queda da violência

Índice de mortes violentas recuou em quase todo o país no 1º trimestre de 2019, quando comparado com igual período do ano anterior

Por: Da Redação  -  30/04/19  -  19:27

O índice de mortes violentas recuou em quase todo o país no 1º trimestre de 2019, quando comparado com igual período do ano anterior. Levando em conta homicídios, roubos seguidos de mortes e lesões que levaram as vítimas à morte, houve recuos muito expressivos, como no Ceará, estado em que a queda foi de 56,6%, vindo depois Sergipe, com 32,2% Rio Grande do Norte, com 31,2%, e Pernambuco, com 27,5%. No conflagrado e violento Rio de Janeiroa redução tambémfoi significativa, chegando a 26,9%.


São números muito positivos, que revelam ações da polícia e do Poder Público no combate eficiente à criminalidade. No caso do Ceará, aconteceram mudanças na legislação estadual, convocação de policiais da reserva e presença da Força Nacional no Estado, mas é preciso destacar que houve maior investimento em inteligência e adoção de base de dados próprios, como afirmou o secretário de Segurança Pública, André Costa.


Os estados do Nordeste, que ainda registramos maiores índices de homicídios do país, foram os mais bem-sucedidos no combate à violência. Não se trata da polícia “atirar para matar bandidos”, como defende certa corrente, e sim de priorizar ações de prevenção, com atuação mais integrada entre os vários estados, sobressaindo ainda a aprovação do Sistema Único de Segurança Pública, que proporcionou articulação e coordenação entre as várias secretarias estaduais.


A nota dissonante foi o aumento da letalidade policial: no Rio de Janeiro, o número de mortes por policiais cresceu 18% (de 368 para 434 ocorrências), e constata-se que, de cada dez pessoas vítimas de mortes violentas no estado neste ano, três foram alvo da própria polícia. Em São Paulo, também cresceu a quantidade de pessoas mortas pelas forças policiais (8,1%), passando de 197 para 213 casos, quando comparados os dois primeiros trimestres de 2018 e 2019.


Especialistas alertam que a redução dos assassinatos não é consequência da violência policial: ao contrário, a polícia desempenha papel essencial nos resultados obtidos, mas com investimentos determinados e consistentes em capacitação, aparelhamentoe inteligência.


Na Baixada Santista, os números acompanhamo quadro nacional. Todos os tipos de crime (homicídios dolosos, estupros, roubos e furtos) tiveram redução na comparação janeiro-março de 2018 e 2019. Merece destaque a redução de roubos de carga (28,7%) e de roubos e furtos de veículos (19,8% e 34,9%, respectivamente). Esses resultados aconteceram durante a temporada de verão, com grande afluxo de turistas, o que torna os números ainda mais expressivos. Mas a ação regional – com operações policiais frequentes e entrosamento entre aspolícias e com o Poder Judiciário – deve prosseguir, de maneira a enfrentar, com eficiência, o grande desafio da segurança pública.


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