Apoio a imóveis

Em meio a medidas para superar as dificuldades econômicas, a Caixa irá estimular o mercado da construção civil

Por: Da Redação  -  11/04/20  -  21:07

Em meio a várias medidas que vêm sendo tomadas pelo Governo Federal para apoiar empresas e auxiliar as pessoas a superar as dificuldades econômicas causadas pela pandemia da covid-19, a Caixa Econômica Federal anunciou ações de estímulo à construção civil. R$ 43 bilhões serão colocados à disposição do mercado imobiliário para evitar a inadimplência de mutuários, estimular novos contratos, e evitar assim demissões em massa, o que agravaria muito o quadro nacional.


Em março, a Caixa já havia reduzido taxas de juros nos financiamentos imobiliários e autorizado a suspensão do pagamento das parcelas por dois meses. Agora, esse prazo foi ampliado para 90 dias, benefício que pode ser usufruído inclusive por clientes que tenham até duas parcelas em atraso. Outra opção para os mutuários é continuar pagando as parcelas, mas com redução de valor, também por três meses.


A novidade veio para novas contratações. Haverá carência de 180 dias para o início do pagamento de contratos de imóveis novos, medida que pode estimular a realização de negócios. Hoje, diante da paralisação das atividades e do receio generalizado, poucos se atrevem a assumir dívidas e compromissos, mas a postergação do pagamento por seis meses, quando a situação deve estar normalizada, pode ser um incentivo para que as pessoas busquem oportunidades no mercado. Elas existem, tendo em vista a redução das vendas, e podem ser aproveitadas.


As empresas poderão solicitar a antecipação de 20% dos recursos na contratação de crédito para novos empreendimentos. Isso também é importante, já que reduz a aplicação de recursos próprios – escassos ou até inexistentes no atual momento - para iniciar obras. Da mesma forma, como estímulo à continuidade dos empreendimentos em curso, as construtoras poderão requerer a antecipação das parcelas referentes aos três meses seguintes, limitada a 10% do valor do financiamento. Outra possibilidade prevista é, diante do impacto da atual crise, a reformulação do cronograma de obras em andamento, com a Caixa aceitando renegociar o respectivo contrato de financiamento.


Até a quinta-feira, último dia útil da semana encerrada, 1,5 milhão de pessoas já haviam solicitado pausas em seus financiamentos. Isso ocorreu em função do adiamento inicial por dois meses, mas todos terão, automaticamente, mais 30 dias sem a obrigação de pagar as prestações. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, admitiu que, se a crise econômica prosseguir e até aprofundar-se, a instituição avaliará prorrogar a suspensão dos pagamentos dos contratos por mais um mês, atingindo então 120 dias.


São medidas emergenciais, que não provocarão súbito aumento das vendas e dos negócios. Mas, no atual momento, são necessárias e seu maior objetivo é evitar a demissão de 1,2 milhão de trabalhadores. 


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