Propostas do governo continuam ameaçando os trabalhadores

Com desencontros e choques, o atual desgoverno continua querendo tirar dos pobres para muito mal socorrer os paupérrimos

Por: Sergio Pardal Freudenthal  -  01/10/20  -  11:20

Cansamos de falar que o Auxílio-Emergencial de 600 reais era muito pouco, aliviando superficialmente a miséria que vai se criando com políticas econômicas estúpidas e entreguistas; miséria aumentada inexoravelmente pela pandemia. Com a redução da assistência emergencial pela metade, o acirramento das tensões é iminente. Aí vem essa equipe econômica buscando cobrir o roto com o rasgado. Depois de muito blá-blá-blá e desmentidos, agora falam de uma tal Renda Cidadã, que seria coberta pela Fundeb e pelo não pagamento dos precatórios.


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Tirar dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica é inadmissível, representa uma ameaça frontal ao que ainda nos resta de regime democrático, e, com certeza, não ocorrerá. É mais uma ameaça fascista, uma aposta na ignorância. Porém, não contente com a confusão sobre a Educação, ainda falam no não pagamento dos precatórios.


Os precatórios são as dívidas da União, Estados ou Municípios, que devem ser pagas na ordem. Os precatórios de caráter alimentar, tratando de benefícios previdenciários, por exemplo, devem sempre ser pagos no ano seguinte ao encerramento da conta. Os tecnocratas ainda não disseram que os precatórios que pretendam não pagar poderiam ser dívidas do INSS em ações judiciais; porém, o pânico nos trabalhadores que têm para receber no ano que vem se alastrou rapidamente.


A fobia pode causar graves prejuízos irreparáveis, inclusive com a “venda” dos precatórios para oportunistas que lucram com enganações. Esperamos que retirem rapidamente esse “bode na sala”, no mínimo reafirmando a obrigação do pagamento dos precatórios de caráter alimentar escalados para o ano que vem, nem que seja por decisão do Poder Judiciário.


Todo mundo sabe que será necessário dar cobertura aos que necessitam, inclusive pequenas e médias empresas, mas especialmente para os que estão desprovidos de qualquer renda. Sem isso, o mercado não se movimenta e o resultado será muito desastroso. E para isso, todo mundo sabe que o correto é cobrar de quem tem muito, obrigar sonegadores e devedores aos pagamentos e cobrar impostos sobre grandes fortunas e heranças.


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