A jogada política de tira e põe os servidores públicos estaduais e municipais na reforma da Previdência Social só deu confusão. A retirada trazia a intenção de colocar governadores e prefeitos na defesa da reforma, mas acabou aprovando a EC 103/2019 com novas regras apenas para o Regime Geral (INSS) e para os servidores públicos federais.
Para "corrigir" apresentaram uma proposta paralela no Senado, que agora chega à Câmara com algumas "novidades". Por exemplo, adia um pouco a entrada da nova média, sobre todas as contribuições - já comentamos tal "bondade". O escopo da PEC era que, com um prazo determinado, os governadores apresentassem projetos de lei da reforma previdenciária para aprovação nas Asembléias, e os municípios entrariam automaticamente.
Alguns governos bastante apressados, como o do estado de São Paulo e o do município de Santos, apresentaram seus projetos de lei (o de Santos aprovado pela Câmara municipal), impondo as violências já aprovadas para o serviço público federal. Aumentam as contribuições dos trabalhadores, reduzem valores de benefícios e apresentam mais exigências.
Provavelmente a PEC paralela, agora tramitando na Câmara federal, será absolutamente dispensável.