Por que Amazonas se chama Amazonas?

Amazonas eram guerreiras para lá de valentes. Armadas de arco e flecha, enfrentavam os inimigos montadas em cavalos

Por: Dad Squarisi  -  19/07/20  -  11:25

Recado


“Sonhar é acordar-se para dentro.”
Mário Quintana


A Floresta Amazônica ocupa as manchetes dia sim e outro também. Ambientalistas e investidores pressionam o governo. Querem parar o desmatamento e as queimadas. A luta é árdua e promete ser longa. Enquanto os embates se sucedem, vale uma curiosidade. Por que Amazonas se chama amazonas? A história vem da mitologia grega.


As amazonas


Elas formavam o clube das luluzinhas. Na terra delas, só viviam mulheres. Eram guerreiras para lá de valentes. Armadas de arco e flecha, enfrentavam os inimigos montadas em cavalos. Chamavam-se amazonas. O nome tem tudo a ver com o comportamento das ilustres senhoras. Em grego, mazos quer dizer seio. A significa não. (É o mesmo a que aparece em anormal, amoral, atípico.)


Coladas, as duas partes justificam a denominação. Elas arrancavam o peito direito para segurar melhor o arco. Naquele reino feminista, homens não tinham vez. Mas, um dia por ano, a situação mudava. As donas do pedaço deixavam-nos entrar na cidade. Aí, namoravam à beça. Nove meses depois, nasciam os bebês. As meninas ficavam com as mães. Os meninos tinham outro destino. Uns eram entregues ao pai. Outros eram mortos.


O Amazonas


No século 16, Francisco Orellana descobriu o norte do Brasil. Quando chegou perto de um rio muito grande, foi atacado por mulheres guerreiras montadas a cavalo. Lembrou-se, então, das amazonas gregas. É por isso que o Rio Amazonas se chama Amazonas. E mulher que monta cavalo, amazona. O homem, cavaleiro.


Motosserra


No mar sem fim de árvores da floresta, um ruído sufoca o farfalhar das folhas, o gorjeio dos pássaros, o assobio das cobras, o uivo dos lobos, o rugido da onça. É o ronco da motosserra. A palavra se escreve desse jeitinho.


De Mário Sérgio Cortella


"Elogie em público e corrija em particular. Um sábio orienta sem ofender e ensina sem humilhar.”


A favor ou contra?


Que coisa! Pais negligenciam a vacinação dos filhos. Alguns porque creem que as doenças contagiosas desapareceram. Outros porque acreditam em fake news que circulam nas mídias sociais. Convenceram-se de que as gotinhas causam autismo & cia. Resultado: privam a meninada de proteção. Xô!


Melhor abrir os olhos e levar meninos e meninas ao centro de saúde. Lá, vaciná-los. Com um cuidado: dê-lhes vacina contra sarampo, contra catapora, contra coqueluche. Trocar a preposição surte efeito contrário. Vacina para a gripe? Valha-nos, Deus! A gripe fica fortona.


Chato


Para Mário Quintana, “o maior chato é o chato perguntativo. Prefiro o chato discursivo ou narrativo, que se pode ouvir enquanto se pensa noutra coisa”. Para Bert Taylor, “chato é alguém que, quando lhe perguntam como vai, ele explica”. Para Ambroise Bierce, “chata é a pessoa que fala quando gostaríamos que escutasse”. Para a leitora Maria Virgínia, “chato é o profissional que abusa dos diminutivos: chama de pezinho o pé número 40”. Para Millôr Fernandes, “chatos somos nós”. E para você?


Leitor pergunta


Li no Estadão: “Maioria das grávidas mortas por covid-19 é brasileira”. Fiquei na dúvida: é ou são?
>Rodrigo Melo, lugar incerto


Trata-se do partitivo. O verbo pode concordar com o núcleo do sujeito (maioria) ou com o complemento (grávidas): Maioria das grávidas mortas por covid-19 é brasileira (concorda com maioria). Maioria das grávidas mortas por covid-19 são brasileiras (concorda com grávidas). Parte dos estudantes saiu (concorda com parte). Parte dos estudantes saíram (concorda com estudantes). Metade da das frutas apodreceu (concorda com metade). Metade das frutas apodreceram (concorda com frutas). Maior parte da população vai votar em outubro (só tem singular porque parte e população são do mesmo número).


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