Quanto tempo uma plateia nos concede

Veja dicas práticas para ganhar a atenção de uma plateia ao falar em público

Por: Cida Coelho  -  31/01/20  -  09:44
Veja dicas práticas para ganhar a atenção de uma plateia ao falar em público
Veja dicas práticas para ganhar a atenção de uma plateia ao falar em público   Foto: Imagem ilustrativa/Alexandar Todov/Unsplash

Ganhar e manter a atenção de uma plateia é o sonho de qualquer pessoa que tenha pela frente a tarefa de falar em público. Então, vamos conversar sobre o que fazer pra conseguir esse bem tão valioso.


De modo geral, o tempo de atenção inicial de qualquer audiência para um palestrante é de seis minutos. Após esse tempo, o conferencista deve encontrar maneiras de cativar e manter a atenção de seus ouvintes, refazendo a estratégia periodicamente. Quando o discurso é lido, esse tempo cai para 40 segundos. Sabendo dessa informação, é extremamente importante estarmos preparados para administrar bem a maneira que falamos para que consigamos manter a atenção da plateia.


Há três tipos de discursos: o discurso lido, o discurso com roteiro e o discurso de improviso. Não há uma receita que indique qual dos três é o melhor, porque sempre haverá ocasiões em que se necessitará de um ou de outro. O que se pode dizer é que em cada um deles há prós e contras que deverão ser bem administrados.


Vejamos: O discurso lido é o mais difícil de todos, uma vez que o texto se interpõe entre o orador e o público, o que diminui a força da mensagem. O orador terá que compensar esta perda por meio de uso estratégico de sua expressividade, o que significa variar o tom de voz, o ritmo, a dicção e a curva melódica das frases.


Já o discurso com roteiro é considerado o melhor, pois alia recurso visual e auditivo. O orador deve ter domínio do conjunto de sua apresentação para fazer a transição de tópico a tópico de maneira coerente, levando a platéia a compreender o que deseja.


Por fim, o discurso de improviso acontece, em geral, a partir de uma situação inesperada. Assim, o orador é pego de surpresa e precisa ser rápido e ágil para se organizar. A recomendação em qualquer um dos casos, é que apenas aceite o desafio se conhecer o assunto sobre o qual falará.


Didaticamente, podemos dividir uma apresentação em três partes principais: A abertura, o corpo e a conclusão. A abertura é o momento de aquecimento, onde o orador deve se conectar com o público, convidando-o a “entrar no barco”. Para isso deve demonstrar a importância e a pertinência do tema usando dados ou histórias relevantes. É nesse momento também que se deve antecipar os pontos principais a serem tratado.


É altamente recomendável, ainda, que se tenha clareza da maneira com que irá iniciar. Um bom começo é vital para qualquer apresentação. O objetivo é que a audiência preste atenção e seja contagiada pelo tema. Para isso estimule o seu interesse procurando fazê-lo pensar sobre o assunto, levantando algumas questões para que ele reflita.


O corpo deve conter o esqueleto básico do que você pretende transmitir, de forma simples, direta e objetiva. Dados e exemplos são sempre muito bem vindos. Na conclusão, é importante fazer um resumo do que é essencial e que você deseja que fique na memória. Pra finalizar, uma boa história ou citação sempre ajudam a encerrar de forma envolvente uma boa apresentação.


E não se esqueça de reservar tempo para a preparação do conteúdo e para praticar. Tenho certeza que sua plateia vai lhe conceder muito mais do que seis minutos!


Este artigo é de responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha editorial e ideológica do Grupo Tribuna. As empresas que formam o Grupo Tribuna não se responsabilizam e nem podem ser responsabilizadas pelos artigos publicados neste espaço.
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