Organizar fotos melhora os níveis de serotonina no isolamento social

Em busca de manter a sanidade mental, solução pode estar nas coisas simples

Por: Cida Coelho  -  20/03/20  -  20:26
Atualizado em 19/04/21 - 18:31
 Organizar fotos melhora os níveis de serotonina no isolamento social
Organizar fotos melhora os níveis de serotonina no isolamento social   Foto: Imagem ilustrativa/Pixabay

Em tempos de adaptação, nesse momento crítico que vivemos, surge mais um importante desafio entre tantos: manter nossa sanidade mental durante o isolamento social. Para essa busca, os pesquisadores são unânimes em indicar quatro substâncias químicas que temos naturalmente em nosso organismo, e que são responsáveis por nossa sensação de bem estar e felicidade: endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina.


O problema é que todas elas envolvem, de alguma maneira, a convivência com nossos semelhantes. No isolamento social, esses “nossos semelhantes” mais próximos são a nossa família.


Por conta disso, vamos falar nos próximos textos da função e do poder de cada uma dessas substâncias também denominadas “quarteto da felicidade”, que além de serem responsáveis por nosso bem estar, indiretamente reforçam nosso sistema imunológico. Hoje vamos falar da serotonina.


A serotonina é um neurotransmissor, ou seja, é a substância química que faz com que os neurônios passem sinais entre si. Entre suas funções está a regulagem do ritmo cardíaco, do sono, do apetite, do humor, da memória e da temperatura do corpo. Ter essa substância em equilíbrio é fundamental para uma vida feliz e bem disposta.


Alex Korb, neurocientista, destaca o poder de alguns atos simples como tomar sol, receber massagem e praticar exercícios físicos, como corrida e ciclismo. Com o isolamento social, todas essas recomendações precisariam de uma boa adaptação para ser realizadas.


Outras duas dicas do pesquisador são perfeitas para esse momento. Ele aponta que conversar com um familiar ou amigo nos ajuda a refrescar a memória dos momentos felizes que já vivemos. Paralelamente, ele sugere que folhear álbuns com fotos antigas tem o mesmo poder de nos lembrar de fatos que já tínhamos esquecido.


Essas duas tarefas são absolutamente complementares. Olhar fotos antigas nos leva a relembrar, a falar, a sorrir (às vezes, chorar), a conversar, enfim, nos leva a nos beneficiar do melhor que uma comunicação presencial pode oferecer: Reforça os laços de afeto e aumenta a sensação de pertencimento. Então, que tal aproveitar o tempo livre com as crianças e com o resto da família e arrumar as fotos?


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