5 dicas para melhorar a parte invisível da nossa comunicação nas videochamadas

Como nossa atividade profissional ficou restrita por conta da quarentena, a maioria das nossas comunicações tem sido por via virtual, e muitas delas, por vídeo

Por: Cida Coelho  -  03/04/20  -  15:12
Atualizado em 03/04/20 - 15:31

Escolher as palavras certas é essencial, mas quem é decisiva para a efetividade da nossa comunicação é a parte não verbal. Ela é mais forte do que as palavras e se constitui numa linguagem social quase invisível. Isso acontece porque possuímos sensores não verbais poderosos. A sinalização não verbal e a interpretação de sinais é automática. E isso vale para tudo o que vai junto com nossas palavras como posturas, gestos, vestuário, por exemplo. Querendo ou não, elas acontecem: sem o nosso conhecimento e sem controle consciente.


Como nossa atividade profissional ficou restrita por conta da quarentena, a maioria das nossas comunicações tem sido por via virtual, e muitas delas, por vídeo. Assim, parece que não precisamos mais nos preocupar com a efetividade da nossa comunicação. Pelo contrário. Precisamos redobrar.


E, hoje, não vou falar sobre posturas, gestos ou expressões faciais. Vou falar de alguns detalhes que estão, de fato, num segundo plano, mas nem por isso são menos importantes. Também comunicam muito e podem reforçar (ou tirar força) da nossa “marca pessoal”.


Iluminação: O foco de uma chamada de vídeo é você. É você quem deverá estar em primeiro plano, mas para ser visto, é preciso que a luz do ambiente te favoreça. Aproveite a luz natural. Deixe a câmera (do celular ou notebook) de costas para a janela. Assim, a luz natural virá pra você. Caso não tenha essa possibilidade, providencie um abajur ou luminária que possa suprir a fonte de luz natural. Jamais deixe a câmera virada para a luz, do contrário, você aparecerá escuro, na contraluz.


Contato visual: Em chamadas de vídeo, nossa tendência natural é olhar para tela, onde vemos nossa imagem como num espelho. Só que a câmera costuma ficar no alto (do celular ou notebook). Pra evitar essa tentação de olhar pra sua própria imagem, foque a câmera e converse com ela como se ali estivesse o seu interlocutor. Não tem problema se você, eventualmente, olhar pra tela, mas procure focar o máximo de tempo na câmera. O resultado, pra quem está do outro lado, é muito melhor, pois parece que você está olhando nos olhos dele. E o resultado será bom pra você também, já que o contato visual é a chave pra disparmos a sensação de confiança entre nossos interlocutores.


Ângulo da câmera: Tão importante quanto o contato visual é a angulação da câmera. Uma câmera posicionada abaixo do seu rosto, faz com que ele pareça mais alongado. Se for muito acima, a sensação é oposta. Parece que seu rosto encurtou. O ideal é posicionar a câmera em uma superfície onde você consiga alinhá-la com sua testa. Se for no celular, ajuste com o tripé. Se você estiver usando um notebook, coloque alguns livros ou uma caixa embaixo dele, posicionando seu notebook de forma que a câmera alinhe-se com seus olhos. A ideia é que a gente consiga formar um triângulo entre a testa e os ombros, e que esse triângulo ocupe o primeiro plano de forma harmônica.


Cenário: Mesmo que o foco seja você, o segundo plano também importa, e muito. Cuide para que a organização do ambiente e dos objetos não desviem a atenção de quem está do outro lado. Se puder, faça uma pequena produção de modo que o cenário atrás de você ajude a reforçar a sua imagem, a sua marca.  E lembre-se, o cenário precisa estar em acordo com a sua mensagem, jamais falar mais do que ela.


Postura: Sente-se com a postura ereta, não rígida nem relaxada demais. Escolha uma cadeira confortável e estável, para que você não precise ficar se mexendo durante a conversa.


Finalmente, cuide do seu visual: acerte o cabelo, escolha para a parte de cima da sua roupa uma cor sólida, que te favoreça e passe seu recado com confiança. “Sem querer, comunicamos um bocado de informação por meio de dicas não verbais sobre nós mesmos ou nosso estado de espírito. Os gestos que fazemos, a posição em que mantemos nosso corpo, as expressões de nosso rosto e as características não verbais do nosso discurso – tudo isso contribui para a forma como os outros nos veem”.


E hoje, mais do que nunca, tudo o que precisamos é de uma comunicação efetiva, empática e que represente aquilo que somos e o que desejamos.


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