Um salve à democracia!

Se o ano de 2020 foi atípico sob diversos ângulos e aspectos, com o processo eleitoral não seria diferente

Por: Caio França  -  18/11/20  -  10:07
Atualizado em 19/04/21 - 18:26
 Eleições municipais e poder econômico, uma equação que não fecha
Eleições municipais e poder econômico, uma equação que não fecha   Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

No último domingo exercemos o dever cívico do voto em uma eleição diferente de todas as outras realizadas até hoje. Se o ano de 2020 foi atípico sob diversos ângulos e aspectos, com o processo eleitoral não seria diferente. A mudança no calendário com a postergação das datas do 1º e 2º turnos foi apenas a primeira das alterações de um pleito municipal extremamente complexo e tortuoso.


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Em seguida viria a dificuldade dos candidatos em fazer campanha eleitoral, em especial os estreantes, num momento em que se prega o distanciamento social, em plena pandemia. No entanto, superados os desafios desse processo eleitoral, que vai entrar para a história da humanidade, hoje quero me debruçar sobre o pós-eleição.


Em primeiro lugar, quero destacar que o desejo da urna é soberano e deve ser respeitado em qualquer circunstância; e que passado o período eleitoral, as diferenças partidárias devem ser superadas pelo bem da população, já que precisamos ter consciência da enorme responsabilidade que temos pela frente.


O governo estadual postergou novamente a quarentena até o dia 16 de dezembro e estamos na iminência da chegada de um novo surto da Covid-19, a chamada segunda onda que já se disseminou na Europa. Por outro lado, ainda não está claro quando, de fato, teremos acesso às vacinas, independentemente de sua origem, visando a imunização em massa da população.


A “fadiga pandêmica”, fenômeno classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o estopim para um novo aumento no número de contaminações e internações, pode representar um retrocesso imenso em meio aos avanços conquistados ao longo dos últimos oito meses. A flexibilização, possibilitada pela fase verde do Plano São Paulo, que ampliou a nossa liberdade de movimento, não deve ser justificativa para os excessos que a população vem apresentando.


Com exceção dos prefeitos que foram reeleitos e dos candidatos que vão disputar o segundo turno das eleições, a transição entre governos deve ter início imediato e se pautar pela transparência e acesso aos relatórios da atual situação administrativa municipal, em todas as áreas, como determina a Constituição Estadual. De posse de todas as informações, a equipe de transição deve iniciar o planejamento de seus projetos e plano de governo.


Já o papel das Câmaras Municipais, por meio dos vereadores eleitos, de propor projetos de interesse público e fiscalizar os atos da administração municipal, com cobrança de metas e resultados, deve ser permanente.


O ano de 2021 continuará sendo desafiador do ponto de vista econômico. Equilibrar as finanças em alguns municípios, recuperar a economia e promover a geração de empregos e renda são as principais metas a serem superadas pelos gestores públicos.


Desejo muita sorte aos reeleitos e aos novos sucessores e que cada um possa exercer a função que lhe compete e para a qual foi eleito com trabalho, empenho e dedicação. O sucesso é uma consequência. Como deputado estadual, quero colocar o meu mandato à disposição dos municípios paulistas para que São Paulo possa acelerar o seu processo de retomada econômica e de desenvolvimento. Contem com o nosso mandato na Alesp!


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