História inspiradora: Jovem estudante vende paçoca no semáforo para arcar com custos de universidade

Tudo começou após o restaurante em que ele trabalhava de garçom encerrar suas atividades

Por: Alexandre Catena Volpe  -  27/02/20  -  16:35
Atualizado em 19/04/21 - 18:00
 Jovem estudante vende paçoca no semáforo para arcar com custos de universidade
Jovem estudante vende paçoca no semáforo para arcar com custos de universidade   Foto: Denize Marques/Arquivo pessoal

Recentemente, alguns veículos de comunicação, trouxeram a história do estudante Carlos Raphael Lindoso, de 21 anos , que diante das dificuldades com os custos da faculdade de economia, começou a vender paçoca no semáforo da divisa entre Santos e São Vicente. A história, que é inspiradora, merece ser conhecida pela sociedade, afinal vemos diariamente diversos jovens se perdendo com as dificuldades que encontram no dia a dia, principalmente pela falta de emprego e oportunidades, e muitos acabam entrando num caminho perigoso e contestável.


Tudo começou após o restaurante em que ele trabalhava de garçom encerrar suas atividades. Carlos precisou pensar maneiras de arcar com as despesas da faculdade , como mensalidade e transporte, além de contas de casa, entre elas aluguel, luz telefone e água, que dividi com a mãe.


Desta forma, assistindo vídeos em redes sociais, o jovem começou a vender brigadeiros para conseguir uma renda, porém segundo ele, a empreitada não deu muito certo devido o calor. Assim, ele resolveu vender paçoca no semáforo, que além de não ter esse problema com o sol, acaba sendo mais rentável, vendo nisso uma oportunidade de conseguir arcar com os custos, de certa forma trazendo um lado “empreendedor”.


Ele chega todo dia as 10 da manhã e fica até as 17 horas, conseguindo em média 100 reais por dia. Lindoso garante que nunca sofreu preconceito dos motoristas e seus clientes, principalmente porque ele carrega com ele uma placa que diz “Me ajude a fazer faculdade – Paçoca R$1,00”, atraindo assim os olhares de todos aqui ali trafegam.


"Muitas pessoas entendem que ser vendedor no semáforo significa que você é um fracassado, e não é verdade. Hoje em dia as pessoas precisam encontrar formas de ganhar o seu dinheiro, e eu encontrei a minha. Não é vergonhoso para ninguém vender nos semáforos. Só que muitos acham que isso significa situação de pobreza extrema", diz Carlos.


A história do rapaz é difícil, assim como de muitos brasileiros, principalmente pelas dificuldades financeiras que passou desde criança, pois somente a mãe trabalhava e o pai é ausente “Faz 11 anos que não vejo meu pai”. Durante algum tempo, a avó materna ajudava a família, mas com o falecimento acabou complicando a situação, incluindo dias de fome.


Carlos vê o estudo como um caminho para o seu futuro, e daqui alguns semestres , pretende estagiar na sua área, e futuramente atuar num próprio negócio e na área bancária. Tenho certeza que o lado empreendedor aflorou no rapaz.


“Que a minha história sirva de inspiração para outras pessoas que estejam enfrentando momentos complicados. Que elas não tenham vergonha de vender num semáforo, na praia ou onde quer que seja. Acreditem no seu potencial e nos seus sonhos, pois a criminalidade não deve, nunca, ser uma opção. Há sempre caminhos corretos a serem percorridos', declara Lindoso.


A história de Carlos mostra que quando se tem vontade de vencer, quando você vai atrás, você consegue. Não adianta nada você criticar o seu governo, a sua vida, os seus familiares e não fazer nada para mudar este cenário. O Brasil precisa de jovens como Lindoso, e milhares de outros que acordam todo dia para correr atrás do seu sonho. Como diria um eterno ídolo mundial “Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá. – Ayrton Senna da Silva”.


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