'O Sétimo Guardião': Um encontro entre terror e ficção
Em um dos poucos momentos de relaxamento de uma segunda-feira turbulenta, sentei no sofá para acompanhar a estreia de 'O Sétimo Guardião'. Nunca fui muito fã dos folhetins das 21h da TV Globo e, dificilmente, consigo acompanhar até o final. Das novelas, as que gosto, mesmo, são as das 19h, com uma pitada de humor, ficção e menos mundo real, como 'Deus Salve o Rei' e a atual, 'O Tempo Não Para'.
Como primeira impressão, a novela parece quebrar um pouco a tradição do horário. 'O Sétimo Guardião' tem um 'pé' na ficção científica que raramente é visto nas novelas deste horário. Pensar em um gato (melhor que muito ator, por sinal) que, no meio da trama, vai virar um homem, é no mínimo inusitado. Isso sem falar que o gato, em determinados momentos da novela, consegue controlar a mente dos personagens.
Uma coisa que me chamou bastante a atenção, também, foram as pitadas de horror colocadas brilhantemente em alguns momentos pelo excelente Aguinaldo Silva. Isso ocorre quando Luz (Marina Ruy Barbosa) começa a ter visões por conta do contato visual com o gato Léon. No momento em que Gabriel (Bruno Gagliasso) sofre um acidente, após abandonar a própria noiva do altar, Luz observa mãos ensanguentadas se 'apresentando' a ela.
As impressões que ficaram da novela são as melhores possíveis. Não dá para imaginar algo ruim de um elenco que conta com, além de Marina e Gagliasso, Tony Ramos, Paolla Oliveira, Lilia Cabral, Dan Stulbach, Marcos Caruso e vários outros monstros da dramaturgia brasileira. O primeiro capítulo, obviamente, sempre apresenta um 'algo a mais'. Se a novela conseguir manter o ritmo, porém, entrará para a história como mais uma obra espetacular de Aguinaldo.
