Morador de Praia Grande se desespera ao ter cabeça infestada por larvas: 'Comido vivo'

Parasitas começaram a aparecer na cabeça dele na semana passada e, segundo familiares, a dor chega a beirar o insuportável

Por: Alexandre Lopes  -  30/01/20  -  11:02
Atualizado em 30/01/20 - 11:09
Morador de Praia Grande se recupera após infestação de larvas
Morador de Praia Grande se recupera após infestação de larvas   Foto: Arquivo pessoal

Um novo caso envolvendo larvas e seres-humanos tem deixado muita gente preocupada em Praia Grande. Um homem retirou, nas últimas horas, centenas delas, vivas, da própria cabeça. Recentemente, outros casos envolvendo 'bernes', como são conhecidas, assustaram moradores da região.


Evaldo Araújo Chaves, de 49 anos, é pedreiro. Os parasitas começaram a aparecer na cabeça dele na semana passada e, segundo familiares, a dor chega a beirar o insuportável. Evaldo procurou atendimento em vários hospitais públicos da região mas, como os ferimentos pioraram, ele está passando por tratamento em São Paulo.


De acordo com Questia Alves, de 25 anos, mulher do pedreiro, as larvas foram notadas quando ele estava deitado no colo dela. "Retiraram algumas com pinça. Depois enfaixaram a cabeça mas, poucos dias depois, novas larvas apareceram. Nos orientaram a procurar um cirurgião com urgência", disse ao G1.


No novo atendimento, um remédio foi jogado na cabeça do rapaz. Instantaneamente, cerca de 25 larvas saíram do couro cabeludo, já bastante debilitado. Pouco menos de 24 horas depois, porém, novos organismos surgiram e a quantidade de buracos dentro da cabeça do pedreiro aumentou exponencialmente.


O caso tem ganhado grande repercussão nas redes sociais e, por conta disso, ele conseguiu um novo tratamento em São Paulo. "Se não fosse isso ele iria morrer aqui na Baixada, sendo comido vivo. Ele sentia tanta dor que chegou a falar que, se continuasse assim, era melhor morrer", completou a esposa.


De acordo com o neurocirurgião João Luis Cabral, a larva é rara na região e, geralmente, aparece apenas em áreas mais afastadas. Normalmente, ela afeta cachorros, bois e vacas, especialmente os que vivem em zonas rurais. Um dos motivos do aparecimento delas é a falta de recursos básicos sanitários e higiene.


Uma das formas de contágio é por meio de uma mosca que transporta a larva ao pousar em um animal infectado. Em seguida, ela carrega o parasita e, ao ter contato com um humano com algum ferimento, acaba causando a infestação. Neste caso, a melhor maneira de se eliminar o problema é com antibióticos.


Feridas na cabeça de morador após a descoberta das larvas. Ferimentos estão cicatrizando
Feridas na cabeça de morador após a descoberta das larvas. Ferimentos estão cicatrizando   Foto: Arquivo pessoal

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