O tratamento do pedreiro que teve a cabeça infestada por larvas que comiam seu couro cabeludo em Praia Grande, no litoral de São Paulo, está próximo do fim. Segundo familiares de Evaldo Araújo, de 49 anos, mais de 100 parasitas foram retirados da cabeça do rapaz até a manhã deste sábado (1). As feridas já estão cicatrizando.
A esposa do paciente, Quesia Andrade Alves, de 25 anos, divulgou, neste sábado, imagens que mostram alguns dos parasitas retirados da cabeça do marido. Nas fotos, e também, nos vídeos, é possível ver que os animais ainda estão vivos.
"Na última consulta não encontraram mais nenhum bicho na cabeça dele. Os buracos que as larvas abriram já estão até fechando e, graças a Deus, ele parou de sentir qualquer tipo de dor. Estão passando um remédio interno e uma pomada" disse Quesia em entrevista ao G1.
De acordo com o neurocirurgião João Luis Cabral, a larva é rara na Baixada Santista e, geralmente, aparece em áreas mais afastadas. Normalmente, ela afeta cachorros, bois e vacas, especialmente os que vivem em zonas rurais. Um dos motivos do aparecimento delas é a falta de recursos básicos sanitários e higiene.
Uma das formas de contágio é por meio de uma mosca que transporta a larva ao pousar em um animal infectado. Em seguida, ela carrega o parasita e, ao ter contato com um humano com algum ferimento, acaba causando a infestação. Neste caso, a melhor maneira de se eliminar o problema é com antibióticos.