A jovem de Santos, no litoral de São Paulo, estuprada após marcar um encontro amoroso com uma garota por meio de um aplicativo de paqueras, revelou, nesta quinta-feira (3), algumas das conversas que manteve antes do ataque com uma das agressoras. Além disso, imagens obtidas pelas repórteres Juliana Steil e Vanessa Ortiz mostram várias agressões sofridas pela vítima durante o ataque.
As provas fornecidas pela jovem foram anexadas ao inquérito policial, que corre em segredo de Justiça na Delegacia de Defesa da Mulher de Santos, no litoral de São Paulo. Na ocasião, após ir até a casa da agressora, que afirmou morar sozinha, a garota teria sido agredida e estuprada pelo namorado da suspeita, que estava escondido no quarto. O primeiro contato entre eles ocorreu pelo Tinder.
Segundo o relato da jovem aos policiais, o homem apareceu 'do nada' na sala, enquanto as duas consumiam bebidas alcoólicas, e afirmou que queria ver 'as duas fazendo sexo'. Diante da negativa, ele começou as agressões, tirou as roupas dela à força, a mordeu e, em seguida, consumou o estupro na frente da própria namorada, que ajudou a imobilizá-la.
Nas conversas reveladas pelo G1, a vítima, em diferentes oportunidades, reitera o medo de marcar o encontro. Em determinado momento, ela chega a perguntar, de forma irônica, se 'não seria sequestrada pela suspeita', que responde fazendo a mesma pergunta pela vítima. Segundo o advogado de defesa da vítima, Adriano Lopes, as roupas da garota devem confirmar o estupro.
"Possivelmente, segundo ela, existe sêmen na blusa e no sutiã. Ela tem marcas nos seios, na região das coxas e na região lombar. A mão da minha cliente está toda inchada, o que configura que ela tentou se defender dos ataques". As câmeras de monitoramento do prédio já foram recolhidas pela polícia e os suspeitos devem ser ouvidos nos próximos dias.