A Polícia Civil em Santos, no litoral de São Paulo, prendeu um ajudante de pedreiro, de 20 anos, após ele confessar ter matado a companheira, de 19, por ter descoberto uma suposta traição. O crime ocorreu na Zona Sul de São Paulo, onde o casal morava, e o corpo de Sabrina Wanessa Lima só foi encontrado quatro dias depois.
O homem foi ouvido pelos policiais da Delegacia de Investigações Gerais (Deic) de Santos, na segunda-feira (9), e afirmou que matou a garota, estrangulada, por volta das 20h30 do dia 4 de novembro. No depoimento, ele informou que ambos estavam casados há quatro meses, mas namoravam desde 2017.
Para a polícia, o ajudante de pedreiro afirmou que a matou pois descobriu que estava sendo traído e que flagrou a esposa mantendo relações com um conhecido. Ele teria pedido para que ela saísse de casa, mas, na versão dele, ela negou e as brigas começaram. Ainda segundo ele, após várias negativas, a mulher teria confessado a traição.
Ainda de acordo com o assassino confesso, o estopim para o crime ocorreu após a própria esposa o ter chamado de 'corno' e 'otário'. Ao ouvir os xingamentos, ele deu um 'mata-leão' na jovem, amarrou um fio de extensão e uma blusa no pescoço dela e a matou. No depoimento, ele afirmou que estava 'tomado pela raiva' e que 'se arrependeu'.
Após o crime, o homem confessou ter tirado o corpo de Sabrina de casa e deixado em uma área de mata. O suspeito afirmou que, por conta do crime, foi agredido por traficantes da região e obrigado a sair da comunidade, quando decidiu fugir para São Vicente. O caso foi registrado como homicídio qualificado e o homem preso.
Outro lado
A mãe da vítima afirmou às autoridades que a filha estava querendo sair de casa e havia sido impedida pelo suspeito. Essa informação foi confirmada pela própria mãe do suspeito, que afirmou que a nora já havia manifestado o desejo de ir embora e que estava 'cansada' de ver o marido pegando o dinheiro dela sem avisar.