Os moradores de Itanhaém foram surpreendidos, neste fim de semana, por uma atitude criminosa de alguém que ainda não foi identificado. O monumento 'Mulheres de Areia', um dos mais famosos da Baixada Santista, foi literalmente decapitado por algum marginal.
A estátua, feita pelo artista Serafim Gonzalez, é famosa no Brasil inteiro por conta da gravação da novela homônima exibida na TV Tupi entre 1973 e 1974 e, depois, imortalizada, também, na TV Globo, que apresentou a cidade para todos os cantos do país.
Não foi a primeira vez que criminosos atacaram a obra. Em 2014, a estátua, que está na Praia dos Pescadores desde 1975, passou por restauração justamente para tentar coibir novos atos de vandalismo. Não adiantou.
Esses ataques não acontecem unicamente em Itanhaém. Vandalismo é um mal que afeta praticamente todas as cidades da Baixada Santista e causa prejuízos gigantescos aos cofres públicos. Dinheiro esse que poderia ser investido em diferentes áreas.
Em Santos, por exemplo, a Prefeitura calcula que gasta R$ 1,3 milhão por ano. Esse valor, por exemplo, seria o suficiente para construir uma nova creche na cidade, o que atenderia cerca de 30 famílias e diminuiria as filas por uma vaga que costuma ser extremamente disputada.
Muitas vezes esses danos são quase que imperceptíveis, ao contrário do ataque contra o 'Mulheres de Areia'. Alambrados, vidros, luminárias quebradas, além de lixeiras pichadas, fechaduras arrancadas e cabos elétricos roubados entram nessa conta sem fim.
A cabeça arrancada da 'Mulheres de Areia' foi recuperada poucas horas depois e deverá passar por restauração nos próximos dias. Os custos ainda não foram estimados pela prefeitura, que exigiu a investigação do crime e punição aos suspeitos.
Não tenho dúvidas de que os autores desse crime serão identificados rapidamente. Que paguem pelo que fizeram e que, essa pena, independente de qual seja, sirva para intimidar todas as pessoas que saem de casa com o único intuito de causar destruição.