Acaba 2019!

São tantas notícias, tantas mudanças, tantas polêmicas, que fica até difícil selecionar o que rolou de mais importante

Por: Alexandre Lopes  -  16/04/19  -  14:45
Já temos material suficiente para, pelo menos, três ou quatro retrospectivas do que ocorreu no ano
Já temos material suficiente para, pelo menos, três ou quatro retrospectivas do que ocorreu no ano   Foto: Arte/AT

Não sei mais o que esperar de 2019. Estamos na metade de abril e, sinceramente, me parece que já temos material suficiente para, pelo menos, três ou quatro retrospectivas do que ocorreu durante o ano. São tantas notícias, tantas mudanças, tantas polêmicas, que fica até difícil selecionar o que rolou de mais importante.


O que mais me entristece é que, no Brasil, um fato novo acaba colocando o outro no esquecimento. Poderia fazer um texto apenas sobre Brumadinho. Quantas vidas se perderam e quantos corpos não foram e nunca serão encontrados? Segundo o último levantamento, divulgado nesta semana, são 228 mortos. Outras 49 pessoas seguem desaparecidas.


Saímos de Brumadinho e vamos para Suzano. Dois bandidos, dois marginais, invadem uma escola e abrem fogo contra estudantes e funcionários. Mais comoção. Cinco alunos e duas profissionais executadas enquanto exerciam o próprio trabalho em um local que deveria oferecer, além de educação, segurança.


Partimos, agora, para o Rio de Janeiro. Além das chuvas, que mataram várias pessoas e provocaram estragos incalculáveis, prédios desabaram e fizeram mais mortos, incluindo crianças que não terão a oportunidade de se desenvolverem por conta do descaso humano e de uma fiscalização que beira o ridículo por parte da Prefeitura do Rio de Janeiro.


Rio de Janeiro, aliás, que tem um prefeito (???) que, em vez de resolver os problemas da cidade ou, ao menos, ter humildade suficiente para reconhecer que existem problemas, prefere atacar veículos de comunicação e jornalistas que o questionam buscando respostas para os problemas da cidade. Se Marcelo Crivella é prefeito, eu sou astronauta...


No exterior, as tragédias continuam. Quem não se chocou com os vídeos do massacre em Christchurch, na Nova Zelândia, quando um lunático transmitiu ao vivo o massacre de mais de 50 muçulmanos que oravam em mesquitas da cidade? Uma das maiores provas, nos últimos tempos, de que a vida está banalizada e vale cada vez menos.


Nesta segunda-feira (15), por sorte, não perdemos nenhuma vida no incêndio da Catedral de Notre-Dame, na França. Morreu, porém, boa parte da história mundial. Uma história de quase 1.000 anos. Foi ali, em Notre-Dame, que Napoleão Bonaparte foi coroado. Foi ali, em Notre-Dame, que Adolf Hitler demonstrou algum ‘bom senso’ e pediu aos nazistas que não destruíssem a igreja que, algumas décadas depois, seria destruída pelo fogo.


O mundo está doente. As tragédias, cada vez maiores, comovem cada vez menos. O que nos resta, no momento, é torcer por dias melhores e fazer a nossa parte para que o mundo volte para os eixos.


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