Terreno abandonado em São Vicente contribui para o aumento dos casos de dengue

Moradores contam que terreno era usado para lazer, mas desde que foi fechado tem acumulado mato

Por: Por ATribuna.com.br  -  06/04/21  -  14:43
  Segundo a prefeitura, a queda de 28% nas notificações é fruto de uma série de ações
Segundo a prefeitura, a queda de 28% nas notificações é fruto de uma série de ações   Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá

Um terreno localizado na Rua Dílson Marone, no bairro Cidade Naútica, em São Vicente, tem sido alvo de reclamações por parte dos moradores que acreditam que o local tem estimulado a proliferação do mosquito aedes aegypt.


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Essa sugestão de reportagem foi feita por moradores de São Vicente. Você também pode entrar em contato conosco via WhatsApp, pelo número (13) 9 9642 8222, ou pelo E-Mail, g1at@grupo-tribuna.com. Ao mandar sua mensagem, deixe seus dados completos, relate o problema ou a sugestão de pauta e anexe fotos e vídeos.


A moradora Amanda Regina Joenck Alves explica que o terreno nem sempre foi assim. Há alguns anos, as crianças do Conjunto Tancredo Neves, localizado em frente, utilizavam o local como campo de futebol. Por isso, estava sempre recebendo cuidados por parte dos moradores.


A situação começou a mudar quando os moradores foram avisados que o terreno era da Prefeitura e foi fechado. Desde então, há cerca de um ano e meio, Amanda conta que o local está parado e sem manutenção.


O que vem preocupando os moradores é que os números de casos de dengue vem crescendo pelo conjunto e, mesmo já procurando a prefeitura, ainda esperam providências. Amanda, inclusive, teve a doença há um mês. "Não tem cobertura, o mato está crescendo e estão aparecendo um monte de casos de dengue e chikungunha em São Vicente", diz a munícipe.


A cozinheira também revela que queria até organizar um mutirão para limpar o local, mas se sente de mãos atadas já que o terreno está fechado, enquadrando a ação como invasão de propriedade. "Nos sentimos de mãos atadas. A gente já se preocupa com a covid, ainda tem dengue e chikungunya e a gente não pode intervir, não pode ajudar, mesmo vendo esse criadouro a céu aberto não podemos fazer nada. Me angustia".


O que diz a prefeitura


Em nota, a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Obras Particulares (Seob), informa que trabalha para averiguar a situação do terreno. Caso o problema seja constatado em terreno particular, o dono será intimado e autuado para realizar a limpeza e manutenção do local.


A Administração Municipal também informa, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), que o Departamento de Controle de Doenças Vetoriais (Decodove) segue com as atividades de combate à dengue. Nesse sentido, a ajuda da população também é fundamental, para que não jogue lixo nas ruas e evite a proliferação do mosquito, cuidando dos seus imóveis.


O Decodove continua realizando as visitas nos domicílios e pontos estratégicos. Além desse atendimento, a equipe também trabalha a parte educativa com palestras em escolas, igrejas, associações e trabalho junto às gestantes; realiza a triagem e verificação de solicitações e fazem a fiscalização sanitária.


Sobre os mutirões, eles são programados quando há necessidade de mobilizar os bairros, entretanto, existem atividades como o BCC (Bloqueio de Controle de Criadouros) que são prioridade, por serem em locais onde existe transmissão. Neste momento, as equipes do Decodove estão focando os esforços nesta atividade.


Munícipes que queiram realizar denúncias, o Departamento de Controle de Doenças Vetoriais (Decodove) disponibiliza o número 0800-0771-0037. O atendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas. É importante que o denunciante forneça os dados sobre o local onde se encontra a irregularidade, facilitando o trabalho dos agentes.


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