Moradora de Cubatão, Dalva Dias da Silva, de 64 anos, vive à espera de uma cirurgia no coração há cinco meses. Para o filho mais novo de Dalva, Lucas Lima, o estado da mãe se assemelha ao de uma "bomba-relógio", já que o caso é grave e não se sabe ao certo quando o estado de saúde dela pode piorar.
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Neto conta que em meados de julho, a mãe compareceu a uma consulta no Pronto Socorro de Cubatão e em um exame de sangue foram constatadas alterações, que a levaram a descobrir um infarto. Por isso, foi necessário a internação de Dalva em uma UTI. Lá, ela precisou fazer mais exames e logo foi constatada a necessidade de uma cirurgia de revascularização do miocárdio.
Apesar do diagnóstico e de já saberem qual é o procedimento correto para a doença, a família não imaginava que Dalva ficaria internada por tanto tempo no Hospital de Cubatão. "A gente cansa de ligar para a ouvidoria do estado, mas eles falam que infelizmente é só aguardar mesmo, só que ela já está internada há cinco meses. É muito tempo de espera e a gente não tem dinheiro para custear essa cirurgia ", diz Lucas.
Ainda segundo o técnico de instrumentação industrial, a mãe pode ficar com um acompanhante no quarto, mas como todos da família trabalham é difícil deixar um responsável por tantos meses para acompanhar a paciente, ainda mais durante a pandemia. Por isso, a solidão também tem sido um desafio para Dalva.
Dalva também não pôde ir ao enterro do esposo, que faleceu em setembro. Também passou o aniversário internada. Por conta da demora, a paciente já pensou até em desistir da cirurgia e voltar para casa.
Por ser um procedimento de alta complexidade, o hospital indicado para a cirurgia é a Santa Casa de Santos, mas por conta da pandemia e das poucas vagas para este procedimento ainda não receberam uma previsão, conta o filho a paciente.
Resposta
A reportagem de ATribuna.com.br entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Em nota, o Núcleo de Regulação da Baixada Santista informou que está auxiliando na condução do caso da paciente Sra. Dalva Dias da Silva em serviço especializado em cirurgia cardiovascular. Na região, a referência é a Santa Casa de Santos.
"No momento, ela permanece assistida no serviço de origem e os médicos da central monitoram seu caso e o serviço de origem será orientado quanto à transferência tão logo seja viabilizada vaga. É importante esclarecer que a Cross não é responsável por “liberar” a vaga, mas sim uma mediadora de pedidos dos serviços de origem. As transferências ocorrem desde que os pacientes tenham condições de transferência, como estabilidade clínica e ausência de infecções", diz a nota.