Artesãos de Guarujá pedem ajuda para expor feira em local mais adequado
Feira de artesanato acontecia na Praça das Bandeiras, localizada na Praia de Pitangueiras, e foi realocada por conta de obras realizadas no local
As obras na Praça das Bandeiras, em Guarujá - onde ocorre uma tradicional feira de artesanato -, têm deixado os artesãos da cidade preocupados. Segundo eles, durante a reforma do espaço, as barracas são montadas em um local pequeno e com iluminação precária. O problema tem dificultado a venda dos produtos.
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Maria de Freitas Sampaio trabalha com artesanato na praça há 13 anos e está sem trabalhar desde março, por conta da pandemia. A artesã diz que a área em que podem expor não tem postes de luz e ela teme que isso atrapalhe nas vendas do feriado. Além disso, Maria conta que o espaço em que as barracas podem ser colocadas é muito pequeno, cabendo apenas 17 barracas. Também conta que apesar de conseguir expor na plataforma virtual da prefeitura, o retorno acaba não sendo o mesmo.
Maria diz ainda que precisa tomar remédios caros e que durante a pandemia não conseguiu comprá-los, então retomar o trabalho durante o feriado de sete de setembro ajudaria nas despesas, já que o auxílio para artistas de Guarujá também não saiu para ela ainda.
Uma artesã, que prefere não se identificar, diz que uma possível alternativa seria realocá-los, temporariamente, para a Praça dos Expedicionários ou para o calçadão, em frente aos tapumes, pois a iluminação é melhor e caberiam mais barracas. A artesã ainda conta que estão felizes com a reforma da praça, mas se fosse possível essa mudança temporária eles provavelmente conseguiriam vender mais.
A reportagem de Atribuna.com.br entrou em contato com a Prefeitura de Guarujá, que por meio da Secretaria de Cultura (Secult), esclarece que em um outro momento, os artesãos foram retirados da faixa do calçadão, pois os mesmos se encontravam próximos a ciclofaixa e via pública, o que atrapalhava, por exemplo, a passagem de cadeirantes, de policias militares no caso do atendimento de uma ocorrência, carrinhos de bebê e pessoas com mobilidade reduzida
Foi feita então uma readequação e eles passaram para um espaço dentro da Praça das Bandeiras, que no momento encontra-se em obras. Essa adequação atendeu, inclusive, recomendações da Polícia Militar e Ministério Público. Os serviços devem acabar em breve e o espaço dos artesãos continuará garantido.Até o término da reforma, eles permanecem localizados ao lado dos tapumes que isola a área, em frente à Rua Petrópolis, via que é um corredor de acesso à Praia de Pitangueiras, de grande visibilidade.
A Prefeitura informa ainda que não há como transferi-los para a Praça dos Expedicionários, que além de se tratar de um espaço muito menor, é uma via de acesso aos Bombeiros e onde permanecem viaturas da Policia Militar e Guarda Municipal, visando a segurança no local.
Diz também que para garantir o sustento dos artesãos durante a pandemia, a Secult lançou uma plataforma digital, onde a maioria deles está com seus produtos cadastrados, com vendas para o município, interior do estado de São Paulo e até mesmo outros países. Trata-se do Artesanto Virtual na plataforma Viva Cult (www.vivacult.com.br)
Quanto ao repasse do auxílio aos artistas, a Secult informa que o plano de ação da Lei Aldir Blanc foi organizado por um comitê tripartite de auxílio, composto por representantes da Prefeitura, representantes da sociedade civil do Conselho Municipal de Políticas Culturais e representantes da sociedade civil ligados ao setor artístico.
Atualmente estão sendo definidos os recursos oriundos do Governo Federal, onde serão destinados ao Guarujá R$ 2 milhões e 30 mil reais, a partir do momento em que esse comitê, que já está estruturado e com os trabalhos avançados, inserir a proposta de trabalho na plataforma Mais Brasil.
Desse total, 1,6 milhão de reais será destinado aos fazedores de arte e aos espaços culturais, faltando definir apenas os editais. Todos os cadastros estão sendo verificados pelo comitê, para que não haja nenhuma irregularidade. Receberão o auxílio aqueles que se cadastraram noMapa da Cultura de Guarujá ou no site VivaCult.
