Socorro, em São Paulo, cidade para pais e filhos curtirem juntos

Hotéis-fazenda e parques de aventura garantem clima

Por: Carlota Cafiero  -  01/12/19  -  21:10
Na Fazenda 7 Senhoras as crianças se divertem com os pais em campos repletos de café verdinho
Na Fazenda 7 Senhoras as crianças se divertem com os pais em campos repletos de café verdinho   Foto: Claudio Vitor Vaz / Arquivo Pessoal

Infância combina com natureza, aventura, ar livre e puro. Criança gosta de explorar, experimentar, se jogar. Por esses motivos, a cidade de Socorro, no interior paulista, é um dos melhores destinos para famílias com filhos pequenos. Porque une tudo isso em hotéis-fazenda e parques de aventura comprometidos com sustentabilidade.


Cortada por um rio caudaloso e cheio de corredeiras, o Rio do Peixe, o município é considerado estância turística integrada à natureza da Serra da Mantiqueira e ao Circuito das Águas Paulistas junto com Holambra, Jaguariúna, Serra Negra, Pedreira, Amparo, Monte Alegre do sul, Lindoia e Águas de Lindoia.


Conhecíamos a cidade como casal. Claudio e eu fizemos nossa primeira reportagem lá às vésperas do Natal de 2017. Na ocasião, passeamos, nos aventuramos e jantamos como casal. Este ano, foi bem diferente, pois levamos nossa filha, Maria Paula, de 3 anos, para curtir um roteiro preparado especialmente para ela.


A cidade e seus serviços acolhem bem as famílias. Nossa hospedagem foi no Hotel Fazenda Campos dos Sonhos, onde encontramos muitos pais com filhos pequenos. É um ótimo lugar para curtir o friozinho, com diversas opções de passeio com as crianças, como trilhas, pedalinho, charrete, triciclo. Destaque para o desjejum com um generoso café da roça.


Chegamos ao hotel no final de tarde de uma sexta-feira gelada de junho. Após descarregarmos as malas no espaçoso chalé, descemos para explorar os recursos do hotel, e descobrimos a brinquedoteca, o parquinho, a piscina coberta e aquecida, tudo sob os gritinhos de alegria de nossa filha.


O jantar foi no restaurante do prédio principal, onde também funciona uma loja, salão de jogos, auditório e fraldário. O cardápio farto, no sistema self service, inclui sopas, como um delicioso creme de mandioquinha que esquentou o estômago e a alma naquela noite fria. A trilha sonora é ao vivo, com duplas de música caipira, tudo para ambientar os hóspedes. Vindo do lado de fora, o som dos cascos dos cavalos, num passeio noturno de charrete, aumenta a sensação de se estar na roça.


Fazenda 7 Senhoras


No dia seguinte, aproveitamos a parte da manhã para acompanhar algumas atividades recreativas com os monitores e as crianças, como tirar o leite da vaquinha, dar ração aos pôneis, cabritos, coelhos, aves, pavões e faisões, e fazer a trilha ecológica. Diferentemente dos adultos, as crianças socializam rapidinho, o que ajuda a aproximar as famílias. Foi assim com Maria Paula e apequena Lorena, que visitava o hotel-fazenda Campo dos Sonhos pela segunda vez, trazida por seus pais, que moram à beira de uma rodovia no Interior.


Após o almoço, fomos passear na Fazenda 7 Senhoras, que fica no Caminho Turístico do Serrote. O visual foi de encher os olhos, com campos repletos de pés de café verdinhos, sob o céu azul de Outono. Ali, fomos recebidos por dois jovens apaixonados por café e empreendedores nesse meio: Jonatas Mendonça e Danilo Favero, que nos serviram duas xícaras da bebida coada na hora.


Mendonça é quem trabalha na torrefação dos grãos (ele chega a fazer 20 por semana), enquanto Favero domina as técnicas da extração de cada tipo de torra. Ele nos acompanhou na visita guiada (a R$ 30,00, agendamento pelo site da fazenda) pelo cafezal, mostrando em detalhes como detectar as sementes que estão boas para a colheita e todo o processo de seleção e preparo dos grãos para a torrefação e destinação aos mercados interno e externo.


No retorno à administração da fazenda, fomos agraciados por uma generosa degustação de cafés com diversos tipos de grãos, torrefação e formas de servir. Saímos de lá cafeinados direto para o hotel, onde, após o jantar, fomos surpreendidos com uma Festa Junina com direito a fogueira, casamento caipira, comidinhas típicas, jogos e prendas.


A dança ao redor da fogueira marcou o reencontro de Maria Paula e Lorena. Elas dançaram, brincaram e correram até cansar. Na visita à casa do caboclo, conhecemos Dona Palmira, uma simpática senhora com mais de 80 anos, mãe de um dos funcionários da fazenda. Ela mora numa casinha típica de roça e ajuda com a horta e os doces preparados na propriedade. Maria Paula chamou-a de vovó várias vezes e o elo entre as duas se estabeleceu de imediato, a ponto de andarem de mãos dadas e trocarem abraços.


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