Paraisópolis esconde alguns dos tesouros naturais da Serra da Mantiqueira

No sul de Minas, o paraíso virou cidade

Por: Reginaldo Pupo, especial para A Tribuna  -  10/10/21  -  22:20
 A imagem da tranquilidade: pela vizinhança de Paraisópolis, encontram-se vários pequenos ‘jardins do Éden’, como esse aí de cima
A imagem da tranquilidade: pela vizinhança de Paraisópolis, encontram-se vários pequenos ‘jardins do Éden’, como esse aí de cima   Foto: Divulgação

Esse pedacinho de paraíso encravado na Serra da Mantiqueira esconde alguns dos muitos tesouros naturais existentes na mágica região do Sul de Minas Gerais. Suas montanhas com desenhos harmoniosos, cachoeiras de tirar o fôlego e até uma represa artificial que faz lembrar o mar são alguns dos atrativos da simpática Paraisópolis.


Um dos lugares preferidos pelos turistas (e também pelos moradores), é a Área de Lazer Maria Braga Cabral. Uma extensa área verde perfeita para caminhadas, corridas, passeios de bike, contemplação da natureza e birdwatching.


Caminhe sob as palmeiras imperiais, coqueiros, jabuticabeiras, goiabeiras e pitangueiras. Para quem deseja passar o dia neste lugar com ar extremamente puro, pode utilizar alguns dos quiosques, equipados com churrasqueiras.


A estrutura também oferece quadras poliesportivas, mesas e parque infantil. Muitos visitantes aproveitam para meditar, aproveitando o silêncio do lugar. Os únicos sons possíveis de se ouvir são os cantos dos pássaros e da queda d’água da cascata, que pode ser usada para um revigorante banho.


O lugar é bem conservado, apesar de ter sido construído em 1983 no bairro Ribeirão Vermelho, onde funcionava uma hidrelétrica que forneceu, durante meio século, energia para todo o município. Para quem tiver disposição, há uma escada com 172 degraus. Ao final dela, você terá uma vista panorâmica e privilegiada de todo o parque.


A fé dos moradores


Paraisópolis, a exemplo de muitas cidades de Minas Gerais, possui diversas igrejas e capelas, que revelam a pura expressão da fé de seus moradores. Algumas delas servem como atrativos turísticos. A cidade está inserida no roteiro “Caminhos da Fé”.


A Igreja Matriz de São José, localizada bem no centro, é um dos pontos turísticos. Ela foi construída no início do século passado e teve todo seu interior restaurado em um passado recente.


Conta a História que o auge dos movimentos religiosos como as Filhas de Maria, a Liga Católica, Missões Religiosas, dentre outros, ocorreu nas décadas de 50 e 60. Eram movimentos que reuniam centenas de pessoas de todas as idades, de toda a região.


Se tiver tempo sobrando ao visitar Paraisópolis, visite também outras igrejas, como a de Santa Edwiges, Santo Antônio, Nossa Senhora Aparecida. Ou as capelas de São Geraldo Magela, da Soledade, Ermida da Mãe Rainha, dos Martins, de Santa Vitória, da Serra dos Pereiras, dos Jacintos, da Pedra Branca, do Ribeirão Vermelho, da Ponte do Neneco, entre outras.


De tirar o fôlego


Um dos lugares fantásticos para visitar em Paraisópolis é o Pico do Machadão, também chamado Morro do Machadão. Para chegar lá, deve-se acessar a rodovia MG-173, sentido São Bento do Sapucaí. O trajeto até o atrativo, por si só, já é uma fantástica viagem por paisagens de tirar o fôlego.


O pico fica a 1.519 metros de altitude e o visual lá de cima é deslumbrante, de onde se vislumbra diversas cidades do Sul de Minas e do estado de São Paulo.


O lugar reúne os apaixonados por voo livre, pois é perfeito para a prática desta modalidade esportiva. Por ali é realizado um campeonato anual que reúne atletas de todo o País.


Unidade de Conservação


O Pico do Machadão integra o Parque Natural Municipal do Brejo Grande, que possui 217 hectares e está dentro de uma UC (Unidade de Conversação) com rico bioma local, que auxilia na preservação da Mata Atlântica.


Antes de chegar ao pico, a estrada de terra passa no meio da Represa de Brejo Grande, tida como a mais alta represa artificial do Brasil, com 1.430 metros de altitude.


Construída em 1964 para abastecer a cidade, a represa é formada por minas naturais e tem uma diversidade de espécies de fauna e flora. Possui 23 metros de profundidade, mas qualquer atividade aquática e navegação é proibida. Apenas a pesca esportiva é permitida.


Em seu entorno, são inúmeras araucárias e hortênsias. O parque também abriga diversas espécies de animais, como cobras, onças, pacas, capivaras, tatus e macacos.


Também no Parque é possível avistar diversas espécies de aves, algumas delas endêmicas, uma oportunidade única para quem pratica a contemplação de aves (birdwatching), ainda pouco difundida no Brasil.


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