Opções para comer e beber na capital do Peru

Quem procura por turismo gastronômico está bem atendido. Mas Lima vai muito além disso

Por: Mário Jorge de Oliveira & Editor &  -  05/01/20  -  19:35
Atualizado em 05/01/20 - 19:51
Centro comercial Larcomar, em Miraflores. Bares, restaurantes, lojas e uma vista do Oceano Pacífico
Centro comercial Larcomar, em Miraflores. Bares, restaurantes, lojas e uma vista do Oceano Pacífico   Foto: A Tribuna

Toda a Lima oferece opções para se divertir. Restaurantes, bares, baladas, enfim. Na Praça Kennedy, em Miraflores, comer e beber estão na rota do visitante. Não há como fugir das tentações gastronômicas que povoam as mesas. Frutos do mar ou carne, vai ao gosto do freguês. Assim como as bebidas, algumas à base de pisco, a cachaça peruana.


Ainda em Miraflores, uma grata surpresa é passear no shopping a céu aberto, centro comercial conhecido como Larcomar. Nem tanto pelas lojas, mas pelos bares e lanchonetes diante de um visual incrível. Entrecortando o penhasco, logo abaixo está o Oceano Pacífico. Vale ficar até o pôr do sol, um espetáculo digno de ser registrado com máquinas ou celulares.


São 17 restaurantes com comidas típicas e internacionais. Do alto, é possível avistar a areia da praia, onde está uma imensa praça de esportes, com quadras, campos de futebol, pistas de skate, enfim


Boemia


Um pouco mais distante está o bairro Barranco. Ali fica o ponto boêmio de Lima, com ruas encantadores, casas coloridas e a famosa Ponte dos Suspiros. Reza a lenda que se você atravessá-la, prendendo a respiração e fizer um desejo, este se realizará. Na dúvida, arrisquei cumprir o ritual. Vai quê...


Em Barranco, a arte popular ganha força e é visível nas paredes e com os artistas de rua. E de tanto andar, chega a vontade de refrescar a garganta e responder aos apelos da fome.


Vá na fé, porque bares não faltam. Só um aviso: quando você está em um ambiente aconchegante, com boa música, atendimento rápido, vem a vontade de conhecer um outro, tamanha empatia que os espaços despertam.


Algumas boas opções: Santos Comedor & Cantina, o Juanito, o Ayahuasca e até o Trem (um vagão com música, comes e bebes).


Aproveite e se delicie com o Tacu Tacu (versão do nosso feijão com arroz) ou o Timbau de Lagostinos. Ou ainda a Pollada Peruana e o Seco de Cabrito a la Norteña. Para beber, os drinks vão ao seu gosto. Com ou sem o famoso Pisco.


Fézinha?


Cansado dos bares e restaurantes? Sem problemas. Pode até arriscar a sorte no jogo: a partir de 20 soles, entre nos inúmeros, luxuosos e iluminados cassinos da capital.


Legalizados no país, funcionam 24 horas, sendo que pela manhã já há um bom número de frequentadores. Mas é a partir das 18 horas que a coisa ferve. Difícil até encontrar uma das dezenas de máquinas disponíveis para fazer aquela fézinha. Vale como uma boa e, às vezes, lucrativa diversão. Convém ficar atento ao aviso nas portas: “Evite la ludopatia” (transtorno causado pela compulsão ao jogo).


Cassino em Lima:Convém ficar atento ao aviso nas portas “Evite la ludopatia”
Cassino em Lima:Convém ficar atento ao aviso nas portas “Evite la ludopatia”   Foto: A Tribuna

Sem estresse ao volante


A cidade acorda aos poucos. No interior dos bairros, nas ruas (as calles), reina uma paz típica dos lugarejos remotos do Brasil. Nas avenidas, o contrário. A vida começa a ferver. E tome buzina, um teste para o equilíbrio emocional de quem está ali, principalmente como passageiro ou pedestre. Digo isso ao estrangeiro mais desavisado, porque, para o nativo, parece algo natural.


O buzinaço e a desordem de quem vai pra lá ou pra cá não tiram o motorista do sério. Não vi sequer o “nosso” xingamento por uma aparente barbeiragem ou aquele atrevimento de pôr o carro num espaço que, digamos, não seria de bom tom no trânsito das cidades brasileiras. Tampouco vi sinais de estresse nos condutores. Mantinham-se calmos, embora atentos ao vaivém frenético das vias públicas.


Forrar o estômago


Mas a manhã é o palco de quem vai trabalhar ou estudar. Não há muitos locais abertos para a primeira refeição. E Lima, com seus inúmeros carrinhos de lanche logo cedo pelas ruas, acolhe os que precisam estar bem alimentados para seus compromissos. É ali que trabalhadores e estudantes fazem sua primeira refeição. Tem de tudo: cachorro quente tamanho família, algo parecido com empadas, salgadinhos aos montes, água e sucos.


Pelas ruas, raros são os fumantes, o que, de certa forma, constrange turistas tabagistas. Se havia, as calçadas pouco denunciavam. Não vi as incômodas bitucas pelo chão. Restava ao fumante apagar o tabaco em papel, embrulhá-lo muito bem e colocar numa das inúmeras lixeiras que não faltam em qualquer canto.


Ambulantes existem aos montes. Mais comuns os com feições indígenas. Não são persistentes e sabem ouvir um “no, gracias” com certa resignação.


Nos bairros (são muito grandes) que percorri (San Isidro, San Miguel, Miraflores, Barranco, Magdalena, Pueblo Libre e Centro) é quase inexistente haver moradores de rua. Vi, na verdade, apenas dois, em locais distintos. Talvez a miserabilidade em Lima não tenha o mesmo grau que praças mais conhecidas por todos nós. Até porque, ao que consta, a economia peruana vai bem. Pelo jeito, alavancada pelo turismo e pela construção civil – em todos os cantos, há andaimes, guindastes em atividade e operários a todo vapor.


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