Coluna do viajante: Natal, o paraíso potiguar, destino ideal para os caiçaras

Atrações têm início com o céu azul no trajeto de ida. Praias e centro histórico das cidades chamam atenção pela beleza e singularidade

Por: Isabel Franson & Colaboradora &  -  23/02/20  -  21:01
Natal, o paraíso potiguar, destino ideal para os caiçaras
Natal, o paraíso potiguar, destino ideal para os caiçaras   Foto: ( acervo pessoal/Isabel Franson)

Santista da gema, que ama praia e verão, não troca seu metro quadrado de areia por nada nesse mundo. Mas isso não exclui o desejo por eventuais trips de aventura ou relax, curtindo paraísos salinos em outros pontos da costa brasileira.


A pouco mais de três horas de Congonhas (aeroporto mais próximo de nós, caiçaras), está o simpático Governador Aluízio Alves, mais conhecido como Aeroporto Internacional de Natal (RN). Lá vai a curiosidade: com 15 milhões de metros quadrados de sítio aeroportuário, o complexo encontra-se, na verdade, no município de São Gonçalo do Amarante, a cerca de 32 quilômetros da capital potiguar. 


O trajeto, em si, já é uma parte do turismo, principalmente para quem chega em voos diurnos e se depara com um céu de azul celeste, quase sem nuvens. O vento, quente e incessante, lembra o que chamamos aqui de Noroeste. A diferença é que, lá, ele não é seguido de chuva. Pelo menos no verão.


Incrivelmente, no período de temporada (novembro a março), o índice de precipitação é baixíssimo: por volta de 5 dias por mês. Já entre abril e julho, Natal – e o Rio Grande do Norte inteiro – os meses registram média de 220 mm de chuva. 


A capital potiguar, com nome que faz jus ao dia de fundação (25 de dezembro de 1599), abriga mais de 800 mil habitantes (Censo 2010/IBGE) em seus 167 km². No centro do Litoral, entre as áreas Norte e Sul, é um ponto estratégico para a hospedagem do turista que busca estrutura, urbanização, restaurantes, shoppings e fácil acesso a qualquer praia do estado. 


Com tantas companhias de turismo à disposição, fica difícil reclamar da barganha. Dando uma choradinha aqui, outra lá, você consegue um passeio para cada dia de férias – e ainda sobram praias – a valores acessíveis. 


Neste caso, para casais, famílias ou até quem viaja desacompanhado, vale lembrar: normalmente, os preços são referentes exclusivamente ao transporte. Sem garantir qualquer refeição durante o dia. 
Já os destinos, são diversos. Ao Norte, você não pode deixar de conferir as praias de Maracajaú (em Maxaranguape), Punaú (Rio do Fogo), Pititinga (em Touros) e Genipabu (com direito a passeio de bugue, lagoas, tobogãs e cachoeiras). 


No Litoral Sul, a pedida é por Tabatinga (município de Nísia Floresta), Tibau do Sul, Baía Formosa, as cidades vizinhas de Pirangi do Norte/Pirangi do Sul e – uma de minhas favoritas – e Barra do Cunhaú. 


No cardápio, para quem quer algo mais simples e barato, diversos pratos levam como ingrediente principal a Carne de Sol – estilo regional de carne seca –, variedade que pode ser encontrada como petisco, componente do famoso prato feito, ou até em recheios de tapiocas e sanduíches. 


Já quem não aprecia muito essas iguarias locais e quer se esbaldar com todo tipo de frutos do mar... pasmem! Mesmo na temporada de turismo, as opções têm preços bem agradáveis. O motivo é que o Rio Grande do Norte é um dos principais estados brasileiros em comércio de pescados. As fazendas de camarão, como os próprios habitantes chamam, são inclusive atração turística. 


Vale lembrar que Natal é uma cidade linda e tem seu próprio charme e história. Conheça o centro histórico, faça um passeio de barco pelo Rio Potengi, passando por baixo da ponte Newton Navarro e visite as praias do Forte, da Redinha, do Meio, Areia Preta e Ponta Negra. Também não deixe de ver o Parque das Dunas. 


Curioso em Natal é que o sol nasce bem cedo e se põe cedo também. No meu caso, já estava acordando com as galinhas, por volta das 5 horas da manhã. Às 6h, parecia meio-dia. Muitas vezes, antes mesmo do café da manhã ser servido no hotel, já conseguia dar uma caminhada na orla, com céu claro. 


Apesar de belas fotos e paisagens, a experiência nas praias urbanas não é das mais paradisíacas. Assim, a dica é se jogar pelo litoral. Mas, mantendo a cidade como base, você pode curtir tanto destinos ao Sul quanto ao Norte, voltando à capital para dormir ou curtir a vida noturna.


Para isto, além da opção dos passeios agendados, cabe também alugar um carro – o que permite mais conforto e comodidade de horário. Muitas vezes, até mais economia (na relação número de passageiros x custo diário). O lado negativo é que o custo do combustível é mais alto ao que estamos acostumados (gasolina sempre acima dos R$ 4,80) e, obviamente, o motorista não pode ingerir bebidas alcoólicas.


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