Obras do VLT geram transtornos e reclamações no bairro Encruzilhada em Santos; VÍDEO

Moradores contam que até os serviços de urgência encontram dificuldade para transitar pelo local

Por: Carolina Faccioli  -  05/04/21  -  09:35
   Obras foram iniciadas em novembro de 2020, segundo os moradores.
Obras foram iniciadas em novembro de 2020, segundo os moradores.   Foto: Divulgação

As obras da segunda fase do VLT tem causado transtornos para os moradores da Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, no bairro Encruzilhada, em Santos. Além de atrapalhar a rotina dos moradores no dia a dia, a situação os preocupa ainda mais quando viram que até os serviços de urgência encontraram dificuldades para passar pelo local por conta das intervenções.


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A obra foi iniciada em novembro de 2020, mas os munícipes sentem que faltam esclarecimentos em relação ao prazo para o término da obra e também quem é o responsável pela fiscalização do projeto.


O munícipe Márcio Paulo Moreira conta que já aconteceram, pelo menos, duas situações em que serviços de urgência não puderam passar. Um deles foi quando uma moradora caiu e precisou de ajuda e o outro quando uma idosa faleceu no apartamento e o serviço funerário teve que estacionar longe do local, pois não havia como passar.


A EMTU informa também que as obras do trecho Conselheiro Nébias – Valongo estão em execução conforme o projeto executivo final aprovado tanto pela Prefeitura de Santos como pela CETESB. O Ministério Público acompanhou o processo de elaboração e aprovação dos projetos. As interdições das vias são realizadas somente após aprovação de Plano de Desvio de Tráfego pela CET/Santos e publicação no Diário Oficial do Município para informação geral. São também canais de comunicação com a população os telefones (13) 3346-8700 e 0800-215-011 e o e-mail vltsantos@queirozgalvao.com.br.


Além dos serviços de emergência, o empresário explica que os moradores não conseguem mais usar as garagens de casa, restando apenas a alternativa de parar em ruas do entorno ou em estacionamentos particulares.


Por isso, ele acredita que os responsáveis pela obra deveriam construir, pelo menos, formas paliativas para que as pessoas consigam passar pela avenida sem tantos transtornos.


Outra questão que preocupa os moradores é que apenas parte das casas foi vistoriada, pela empresa responsável pela obra, e que alguns imóveis começaram a apresentar rachaduras pelas paredes, por isso, temem problemas futuros nas estruturas.


A chuva é outro agravante para quem precisa conviver com a obra pois, segundo Márcio, a rua não costumava alagar, mas desde que a obra começou esse cenário tem se agravado. "Vamos ter problemas de alagamentos nos imóveis caso chova ainda mais forte. Não ficava assim", conta.


   Munícipes temem que casas fiquem alagadas também.
Munícipes temem que casas fiquem alagadas também.   Foto: Divulgação

Resposta


Procurada pela reportagem de ATribuna.com.br, a Prefeitura de Santos informou que a responsável pela obra é a EMTU, com acompanhamento da CET Santos, e que a data prevista para o término das obras é 23 de abril de 2021.


A administração também esclarece que todos os imóveis estão sendo vistoriados, mas que por conta da pandemia houve recusa de alguns proprietários para que seus imóveis fossem inspecionados. Aqueles que ainda não tiveram suas casas vistoriadas podem entrar em contato com a empresa Queiroz Galvão pelo telefone (13) 3513-6852, de segunda a sexta, das 8 às 18 horas, exceto feriados.


A Reportagem também procurou a EMTU, que é a responsável pela fiscalização da obra. Segundo a empresa, as interdições necessárias às obras do VLT, realizadas após aprovação da Prefeitura de Santos, são temporárias e têm duração média de 15 dias. No entanto, o lockdown determinado pela Prefeitura interrompeu temporariamente os serviços realizados na avenida, impactando no prazo das interdições.


A EMTU informou também que as calçadas ficam livres para acesso dos moradores e, enquanto durar a interdição, os acessos dos carros foram temporariamente bloqueados devido ao tipo de obra.


Outra informação dada pela empresa é que foram realizadas até o momento 580 vistorias cautelares nas residências. O procedimento ocorre sempre antes de qualquer ação da empresa responsável pelas obras, procurando evitar danos aos imóveis próximos. Em algumas residências, o procedimento não foi realizado por falta de autorização do morador ou por não haver ninguém no imóvel.


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