A construção de um sistema de drenagem no bairro Saboó vai livrar a entrada de Santos dos alagamentos e dos transtornos em dias de chuva forte e maré alta. A intervenção para escoar as águas das chuvas e dos rios em direção ao estuário, na área de competência federal, complementa a macrodrenagem realizada pelo Município na região.
A obra, que começou em outubro do ano passado, consiste na construção de um canal de retenção e instalação de galerias e tubos para drenagem sob a Avenida Portuária. E, ainda, na implantação de canal com cestos, grades e comportas junto à foz do Rio Saboó, por onde seguem as águas das chuvas e nascentes do morro e do bairro Saboó.
Com orçamento previsto de R$ 25 milhões, os serviços estão a cargo do Terminal Ecoporto, em cumprimento ao Plano Judicial de Compensação Coletiva firmado com a Justiça e o Ministério Público Federais, com anuência da Autoridade Portuária e participação do Município.
ADUELAS
Sob a Avenida Portuária serão implantadas duas galerias em aduelas de concreto (blocos pré-fabricados com formato retangular e vazado, que se encaixam formando grandes tubulações) medindo 4m x 2m, fabricadas para suportar tráfego ferroviário. Isso permitirá a qualquer tempo prosseguir os planos federais de implantar mais ramais ferroviários para os novos terminais portuários do Porto Saboó.
A obra inclui ainda dois tubos de 2,50m de diâmetro sob a avenida para o deságue da futura Estação de Bombeamento, a ser construída pela Prefeitura dentro do Programa Santos Novos Tempos, com aprovação do Ministério do Desenvolvimento Regional.
Serviços envolvem licenciamento ambiental
O Município providenciou os projetos executivos da macrodrenagem e interferências, contratou e está custeando os serviços da ProAmbiente. A empresa realiza o manejo da fauna e acompanhamento da remoção vegetal, tudo para atender à exigência do licenciamento ambiental.
Segundo o engenheiro Márcio Lara, gerente do programa Santos Novos Tempos, o Município também entregou os licenciamentos de engenharia, arqueológico, fundiário e ambiental.
O Ecoporto, por meio da empresa contratada Ecobulk, construiu canteiro de obras completo e efetuou o desmatamento autorizado na margem do Rio Saboó, do lado do Valongo.
Atualmente, está sendo concluída a construção da base para os recipientes de geotêxtil que receberão os resíduos do desassoreamento do rio (extensão de 300 metros entre as linhas e pátios ferroviários e a avenida portuária), conforme projeto executivo elaborado para a Prefeitura pela Ludemann Engenharia, empresa especializada.