Após nove meses presos no navio NM Srakane, de bandeira panamenha, os 15 tripulantes (da Geórgia, da Ucrânia e de Montenegro) estão perto de retornar para casa. O auditor fiscal do trabalho da Gerência Regional (GRTb) em Santos, Rodrigo Fuziy, que coordena a operação, informou que a seguradora da embarcação vai providenciar a repatriação dos profissionais.
“Vão ser iniciados os preparativos para repatriação. Não é imediato. Tem que (fazer) teste de covid, reserva de passagens, entre outras coisas. Pedi (à seguradora) que fizesse um cronograma (de desembarque e repatriação)”, disse Fuziy.
Após ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a Justiça determinou, em junho, a repatriação dos profissionais e o pagamento dos salários atrasados. Embora tenham recebido quatro meses da seguradora do navio — US$ 147,2 mil (R$ 752,2 mil), conforme apurado pela Reportagem —, eles ainda têm a receber das empresas que abandonaram a embarcação.
“Eles não devem sair do navio até as datas dos voos (serem confirmadas) e não deve ter muitas opções para os países de destino. Por isso pedi o cronograma à seguradora.”
O MPT informa ter tomado todas as ações que lhe cabiam. Agora, dependerá de as empresas responsáveis pelo navio ou a seguradora repatriarem os tripulantes. Caso isso não ocorra, o Governo Federal deverá dar encaminhamento ao caso, por também ser réu na ação.