'Supernavio' da Marinha retorna a Santos e deve manter operações no litoral de SP
Atlântico aportou no cais santista para operações logísticas
Após dez dias ancorado na região de São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo, para apoio às ações decorrentes da tragédia das chuvas dos dias 18 e 19 de fevereiro, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico está de volta a Santos, para procedimentos de reabastecimento, recebimento de gêneros alimentícios e água, além da retirada de lixo. A embarcação, que conta com mil militares, deve retornar na segunda-feira (6) para seguir com os trabalhos de apoio às demandas locais, especialmente nas regiões de Juquehy e Barra do Sahy.
"Mantemos nossa estrutura e pretendemos seguir por algum tempo, pois percebemos que algumas vias precisam ser desobstruídas, por exemplo, algo necessário para a retomada da vida normal, especialmente a atividade econômica, o comércio. Além disso, os atendimentos médicos ainda estão em um nível que ainda é necessária a nossa demanda", afirma o comandante do Grupo-Tarefa da Marinha que realiza a Operação Abrigo pelo Mar, contra-almirante Marcelo Menezes Cardoso.
Segundo ele, ainda estão em terra, na região de São Sebastião, cerca de 230 militares. Destaque para o hospital de campanha, próximo da marca de mil atendimentos realizados.
"Hoje, os atendimentos são, quase todos, de nível ambulatorial, que são importantes porque desafogam os hospitais públicos e permitem que seja dada prioridade a casos mais graves. Tivemos apenas dois casos de pacientes que precisaram ser removidos do hospital de campanha para um hospital público, mas sem gravidade", diz o contra-almirante, que também citou uma senhora com problemas ortopédicos, que precisou ser removida com uma aeronave.
Solidariedade
A Operação Abrigo pelo Mar já apoiou a distribuição de quase 50 toneladas de donativos. Segundo ele, a solidariedade da população e a ação efetiva da Marinha ajudaram a emprestar um sentimento de dever cumprido, em meio a um cenário de tristeza destruição.
"Vemos nossa participação como estratégica. A mensagem que passamos para a sociedade que a Marinha do Brasil tem se preparado e possui meios apropriados para atender a esse tipo de ajuda humanitária, uma remediação de desastres. Essa operação é importante para que a gente demonstre a importância de braço das Forças Armadas", finaliza o contra-almirante Cardoso.
