O Porto de Suape, em Pernambuco, contará com um terminal de gás que exigirá investimentos de R$ 2 bilhões. Além de centenas de oportunidades de trabalho para construção, a iniciativa vai gerar 240 empregos fixos no empreendimento, batizado de Regás e que será controlado pela holding OnCorp. A operação terá a participação da Shell.
Para o diretor-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Francisco Martins, o Regás dará maior competitividade comercial a Pernambuco, garantindo mais opções às indústrias e outros setores da cadeia produtiva. “Teremos um player privado fazendo a regaseificação em Suape e oferecendo o produto para o mercado, trazendo economia nos custos de produção e, consequentemente, redução de preços para os consumidores”.
De acordo com o diretor-executivo da OnCorp, João Mattos, a posição geográfica do porto foi levada em conta para a instalação do terminal, Ele também destacou um diferencial de Suape em relação a outros portos brasileiros.
“Um fator importante é a vocação do Porto de Suape, que tem um grande polo industrial na própria planta. Você não encontra isso com facilidade em outros portos brasileiros”.
O Regás funcionará no Cais de Múltiplos Usos (CMU) de Suape, que passará a funcionar somente para esse tipo de operação. A área arrendada é de 33.375 metros quadrados e o complexo será remunerado em R$ 6,2 milhões pela cessão de 48 meses.
A operação se dará por meio de um navio-indústria que ficará ancorado no CMU. A transformação do gás natural liquefeito (GNL) na forma gasosa será realizada pelo navio, conectado por gasodutos a uma estação de transferência, para posterior distribuição a cidades de Pernambuco e estados vizinhos.