Porto de Santos é alvo de operação ambiental

Ação no complexo terminará nesta quinta-feira (4)

Por: Da Redação  -  03/02/21  -  17:15
Porto é alvo de operação ambiental
Porto é alvo de operação ambiental   Foto: Divulgação/Autoridade Portuária de Santos

O Porto de Santos é alvo da “Operação Descarte”, que visa coibir o despejo ilegal de resíduos e substâncias no mar por navios cargueiros. Cinco embarcações e um avião estão empenhados nas atividades coordenadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A ação chega ao fim amanhã, mas a expectativa é realizar fiscalizações pontuais ao longo do ano.


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“Não é proibido limpar os porões (dos navios). É proibido descartar em área que não seja apropriada, porque o certo é o descarte em terra, com empresas que vão dar a destinação certa ou realmente na parte de 12 milhas, além da linha de base no mar territorial, pois daí já há uma distância e correntes que vão levar esses resíduos”, diz a chefe do Ibama em Santos, Ana Angélica Alabarce.


Além do Ibama, participam da ação: Autoridade Portuária de Santos (APS), Guarda Portuária, Marinha do Brasil, Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Militar Ambiental, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).


“A ‘Operação Descarte’ demonstra a união e o esforço conjunto das autoridades que atuam no Porto de Santos, para combater irregularidades ambientais cometidas por navios e prestadores de serviços de apoio”, explica o diretor de Infraestrutura da APS, Afrânio Moreira.


Avião Posseidon


A tecnologia presente na aeronave permitiu a detecção de irregularidades. “Ontem, em um sobrevoo (entre o estuário do Porto e as áreas de fundeio), ele fotografou e detectou 14 embarcações com porões abertos”, diz Ana Angélica. Desses, ao menos dois serão autuados, com multas que vão de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.


Danos


Ana Angélica conta que os danos dos descartes irregulares podem afetar a própria população “por causa da contaminação da fauna aquática, que poderá ser consumida pelo povo de Santos e outras cidades”. Ela aponta que a parte socioeconômica da região também pode ser impactada. “(Os turistas) não vão para um lugar que esteja contaminado”.


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